Policiais civis são baleados por agentes da Rota após serem confundidos com criminosos em SP

Dois policiais civis foram atingidos por disparos feitos por integrantes da Rota durante uma ação no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, após uma falha de comunicação. Segundo os policiais militares envolvidos, houve uma confusão que levou à identificação equivocada dos agentes civis como suspeitos.

Os investigadores, que participavam da busca por um homicida, foram surpreendidos pelos disparos. Três tiros atingiram o policial civil Rafael Moura da Silva, que permanece hospitalizado em estado grave. O outro agente foi ferido de raspão e não corre risco.

A apuração do caso já conta com as imagens das câmeras corporais dos policiais militares, que deverão esclarecer os detalhes do ocorrido, uma vez que os relatos divergem. Os civis alegam que estavam devidamente identificados, usando distintivos visíveis. Já os agentes da Rota afirmam ter reagido diante de uma ameaça percebida.

O episódio ocorre em meio a uma série de erros cometidos por policiais nas últimas semanas em São Paulo. Em um dos casos, o jovem Guilherme Dias Santos Ferreira foi morto com um tiro na cabeça ao correr para alcançar um ônibus. O autor do disparo, um policial militar à paisana que havia acabado de sofrer uma tentativa de roubo, alegou ter confundido Guilherme com um dos assaltantes. Inicialmente indiciado por homicídio culposo, o PM Fabio Anderson Almeida, de 35 anos, pagou fiança e responderia em liberdade. No entanto, por solicitação do Ministério Público, a acusação foi alterada para homicídio doloso, que considera a intenção de matar.

Outro episódio que gerou repercussão envolveu a execução de um traficante durante uma abordagem da PM em Paraisópolis. A ação resultou em represálias do crime organizado na região e levou à prisão de dois policiais militares.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que todas as ocorrências envolvendo mortes em ações policiais estão sendo rigorosamente investigadas.