Ataque dos EUA no Iêmen deixa ao menos 19 mortos, segundo Houthis

Pelo menos 19 pessoas morreram neste sábado (15) após ataques aéreos dos Estados Unidos contra alvos dos Houthis no Iêmen, segundo informações do grupo rebelde e de uma emissora afiliada a eles. A ofensiva foi ordenada pelo presidente americano Donald Trump, dias após os Houthis anunciarem a retomada de ataques a navios israelenses na região.

Imagens divulgadas pela agência Reuters mostram colunas de fumaça subindo após os bombardeios, enquanto alto-falantes transmitiam orações. De acordo com o Ministério da Saúde controlado pelos Houthis, 13 civis foram mortos e nove ficaram feridos na capital Sanaa. Já na província de Saada, no norte do país, a Al-Masirah TV, vinculada ao grupo, relatou a morte de seis pessoas, incluindo quatro crianças e uma mulher, além de 11 feridos.

O escritório político dos Houthis classificou os ataques como um "crime de guerra" e afirmou que suas forças estão preparadas para responder à escalada do conflito. O grupo já realizou mais de 100 ataques contra navios desde novembro de 2023, alegando solidariedade à causa palestina no conflito entre Israel e Hamas.

Os ataques dos EUA ocorrem após um período de relativa trégua, iniciado em janeiro com o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Trump havia alertado os Houthis que enfrentariam retaliação caso não interrompessem os ataques contra embarcações comerciais e navios de guerra americanos. Além disso, o presidente dos EUA dirigiu um aviso ao Irã, principal aliado dos Houthis, afirmando que qualquer envolvimento direto de Teerã acarretaria uma resposta dura dos Estados Unidos.

A situação no Iêmen segue tensa, com os desdobramentos do ataque podendo impactar diretamente a segurança na região e a estabilidade das rotas marítimas globais.