A onda de violência relacionada ao tráfico de drogas em Bruxelas fez mais uma vítima fatal nesta sexta-feira (7). O tiroteio, ocorrido no bairro de Peterbos, em Anderlecht, marca o quarto incidente armado na capital belga em apenas uma semana, segundo informou o Ministério Público de Bruxelas.
De acordo com a polícia, a vítima era um homem ainda não identificado. A porta-voz da corporação, Sarah Frederickx, afirmou que o caso provavelmente está ligado a disputas entre gangues rivais envolvidas no tráfico de drogas.
O tiroteio desta sexta-feira segue uma sequência de três outros episódios violentos. Na quinta-feira (6), uma pessoa foi baleada perto da estação de metrô Clémenceau, também em Anderlecht.
Já na quarta-feira (5), um confronto entre dois homens em frente à mesma estação levou a uma intensa perseguição policial nos túneis do metrô, resultando no fechamento temporário de várias estações. Até o momento, os suspeitos não foram capturados.
Horas antes desse incidente, um tiroteio em Saint-Josse-ten-Noode, do outro lado de Bruxelas, deixou dois feridos.
Embora ainda não esteja confirmado se todos os episódios estão interligados, as autoridades acreditam que os ataques fazem parte de uma disputa territorial entre grupos criminosos rivais.
"Provavelmente são represálias, uma guerra de máfias pelo controle do território", declarou o prefeito de Bruxelas, Philippe Close, à rádio pública belga.
Diante do agravamento da situação, Close afirmou que irá se reunir com outros prefeitos da cidade para discutir um plano de combate à violência ligada ao tráfico de drogas.
O governo belga anunciou que pretende unificar temporariamente as seis zonas policiais da capital para otimizar o patrulhamento e distribuição dos agentes entre os diferentes distritos.
Além disso, o novo primeiro-ministro belga, Bart De Wever, defende a fusão permanente das forças policiais de Bruxelas como medida para conter a crescente violência e melhorar a resposta da segurança pública.