Ucraniano acusado de colaborar com a Rússia morre em explosão em Moscou

Armen Sarkisyan, um separatista ucraniano que teria auxiliado a Rússia na guerra contra Kiev, morreu na manhã desta segunda-feira (3) após a explosão de um artefato explosivo em um complexo residencial no noroeste de Moscou.

De acordo com a imprensa russa, o dispositivo foi detonado quando Sarkisyan, acompanhado por seu guarda-costas, entrava no edifício localizado às margens do rio Moskva, a cerca de 12 quilômetros do Kremlin. Inicialmente hospitalizado em estado grave, ele não resistiu aos ferimentos. O atentado também deixou pelo menos mais uma vítima fatal e três feridos.

Investigação e histórico do separatista

A agência russa TASS informou que uma investigação criminal foi aberta para apurar uma possível tentativa de homicídio. O ataque teria sido "cuidadosamente planejado", mas não há informações sobre os responsáveis pela explosão.

Sarkisyan era procurado pela Ucrânia desde 2014, quando recebeu um mandado de captura internacional por seu suposto envolvimento na repressão violenta a manifestantes pró-União Europeia durante a Revolução de Maidan. Na época, ele teria atuado em parceria com o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que fugiu para a Rússia após o levante popular.

Segundo os serviços de segurança ucranianos (SBU), Sarkisyan também teria planejado assassinatos no centro de Kiev durante a revolta de 2014. Com a invasão russa da Ucrânia em 2022, ele organizou o Batalhão Especial "Arbat", composto por combatentes de etnia armênia que lutaram ao lado das forças russas.

O atentado reacende as tensões entre Rússia e Ucrânia, além de levantar questionamentos sobre possíveis operações clandestinas na capital russa.