Um voo da American Airlines colidiu com um helicóptero Black Hawk do Exército dos EUA na noite desta quarta-feira (29), em Washington, D.C.. Ambas as aeronaves caíram no rio Potomac, e até o momento, 19 corpos foram recuperados, segundo as autoridades locais.
O avião, um Bombardier CRJ700, fazia o voo American Airlines 5342, partindo de Wichita, Kansas, e transportava 60 passageiros e quatro tripulantes. Já o helicóptero militar, um Sikorsky H-60, pertencia ao 12º Batalhão de Aviação de Fort Belvoir, Virgínia, e transportava três soldados em um voo de treinamento.
O Pentágono confirmou que a colisão ocorreu por volta das 21h (horário local), nas proximidades do Aeroporto Nacional Ronald Reagan. A Administração Federal de Aviação (FAA) e o National Transportation Safety Board (NTSB) abriram investigações sobre o acidente, enquanto o FBI auxilia na resposta ao incidente.
Os destroços do avião foram encontrados submersos a uma profundidade entre 1,5 e 2,4 metros, enquanto o helicóptero caiu de cabeça para baixo, mas permanece quase intacto. Uma das caixas-pretas do avião já foi localizada por mergulhadores.
Mais de 300 socorristas foram mobilizados para buscas na área, enfrentando condições adversas, como vento forte, gelo no rio e temperaturas abaixo de zero.
A Associação Americana de Patinação Artística confirmou que vários atletas, treinadores e familiares estavam no voo. Eles voltavam do National Development Camp, evento realizado entre 20 e 26 de janeiro em Wichita. A organização expressou sua "devastação" com a tragédia e se solidarizou com as famílias das vítimas.
Motoristas e pedestres próximos ao aeroporto relataram terem visto faíscas e clarões brancos no céu antes da colisão. Um deles, Ari Schulman, descreveu que o avião parecia se inclinar fortemente para a direita antes do impacto.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou estar monitorando a situação e questionou como o acidente ocorreu, sugerindo que o helicóptero poderia ter "subido ou descido" para evitar o choque. O vice-presidente JD Vance, o secretário de Defesa Pete Hegseth e o secretário de Transportes Sean Duffy também se manifestaram sobre a tragédia.
O CEO da American Airlines, Robert Isom, expressou "profunda tristeza" em um comunicado oficial.
O último grande acidente aéreo comercial nos EUA ocorreu em 2009, quando um voo da Continental Airlines caiu em Buffalo, Nova York, matando 49 pessoas.
A colisão aérea em Washington marca um dos incidentes mais graves envolvendo a American Airlines desde o desastre de 2001, quando o voo 587 caiu em Nova York, matando 265 pessoas.