Milhares de palestinos começaram a retornar para o norte de Gaza nesta segunda-feira (27), após a assinatura de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Imagens captadas pela AFP mostram homens, mulheres e crianças percorrendo a estrada costeira, carregando malas ou empurrando carroças, enquanto formavam um grande "corredor humano". Longas filas de veículos também foram registradas em Nuseirat, aguardando a reabertura da passagem para automóveis.
“É uma sensação incrível voltar para casa, se é que ainda há uma, com sua família, teus entes queridos”, declarou Ibrahim Abu Hassera, um dos milhares que compunham a multidão.
O conflito na Faixa de Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas a Israel, que deixou 1.210 mortos, a maioria civis. Nesse ataque, 251 pessoas foram sequestradas, das quais 87 ainda estão em cativeiro e 34 foram confirmadas como mortas.
A ofensiva israelense na região resultou em pelo menos 47.306 mortes, com a maioria das vítimas sendo civis palestinos. O acordo de cessar-fogo prevê uma primeira fase de seis semanas, durante a qual 33 reféns israelenses serão libertados, assim como 1.900 prisioneiros palestinos.
Com o cessar-fogo, Israel reabriu o acesso ao norte de Gaza, permitindo que muitos palestinos verificassem os danos em suas casas ou tentassem reestabelecer uma rotina em meio aos desafios deixados pelo conflito.
A guerra na região deixou um rastro de destruição e sofrimento, afetando diretamente milhares de famílias. O retorno ao norte de Gaza é um passo importante para aqueles que buscam reconstruir suas vidas, embora muitos encontrem suas casas destruídas ou parcialmente danificadas.
O cessar-fogo oferece uma pausa no conflito, mas os desafios humanitários e a reconstrução da região permanecem como questões urgentes.