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Neste domingo (26), forças israelenses abriram fogo contra moradores no sul do Líbano, resultando na morte de uma pessoa e ferindo ao menos 17, segundo o Ministério da Saúde libanês. O incidente ocorreu na fronteira entre os dois países, enquanto moradores tentavam retornar às suas casas, localizadas em uma área onde tropas israelenses permaneceram além do prazo estipulado para a retirada.
Os disparos aconteceram na vila de Kfar Kila, onde, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do Líbano, moradores cruzaram barricadas para acessar suas propriedades. Em Houla, outras nove pessoas ficaram feridas. As forças israelenses afirmaram que estão investigando o ocorrido.
O cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos, previa a retirada das tropas israelenses e o desarmamento do Hezbollah na região, além do envio de forças libanesas para garantir a segurança na área. O prazo estipulado para a conclusão dessas ações expirou neste domingo. No entanto, Israel anunciou na última sexta-feira (24) que manteria suas forças na região, alegando que os termos do acordo não foram completamente implementados pelo Líbano.
O sul do Líbano tem sido um ponto crítico na disputa entre Israel e o grupo Hezbollah, que é apoiado pelo Irã. A ofensiva de Israel contra o Hezbollah, intensificada desde setembro, já resultou em destruição generalizada na região e no deslocamento de mais de um milhão de pessoas. Israel alega que as ações visam neutralizar ameaças à sua segurança.
Enquanto isso, o conflito em Gaza continua, com Israel combatendo o Hamas e buscando a libertação de reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023. Desde o início da ofensiva em Gaza, mais de 43 mil palestinos morreram e a infraestrutura do território foi amplamente destruída.
Além das operações no Líbano e em Gaza, Israel tem realizado ataques aéreos contra milícias apoiadas pelo Irã na Síria, no Iraque e no Iêmen. A troca de ataques com o Irã eleva o nível de tensão na região, mas até o momento não resultou em uma guerra declarada entre os dois países.
O prolongamento do conflito no sul do Líbano e a permanência de tropas israelenses na área de fronteira agravam a crise humanitária e ampliam as incertezas sobre o futuro da segurança regional.
