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Glutamina: o aminoácido essencial em situações específicas


Glutamina: o aminoácido essencial em situações específicas

A glutamina, o aminoácido mais abundante no corpo humano, tem ganhado destaque por suas funções no fortalecimento do sistema imunológico e na regeneração celular. Contudo, especialistas afirmam que a suplementação desse composto é raramente necessária, sendo indicada apenas em condições específicas.

O que é a glutamina e por que é importante?

A glutamina é um aminoácido classificado como não essencial, ou seja, o corpo é capaz de produzi-lo naturalmente. Cerca de 80% da produção ocorre nos músculos, com o restante originado em órgãos como fígado, pulmões e rins.

Este aminoácido desempenha papéis importantes:

  • Construção muscular: ajuda na formação de proteínas.
  • Recuperação celular: atua em processos de regeneração, como cicatrização de feridas.
  • Suporte imunológico: é fonte de energia para células que se dividem rapidamente, como as do sistema imunológico.
  • Saúde intestinal: auxilia na recuperação de células intestinais danificadas.

Para uma pessoa saudável, uma alimentação equilibrada que inclua carnes magras, peixes, ovos, laticínios, leguminosas e oleaginosas é suficiente para suprir a necessidade de glutamina.

A suplementação é realmente necessária?

De acordo com a nutricionista esportiva Julia Engel e a professora Daniela Caetano Gonçalves, a suplementação de glutamina não traz benefícios comprovados para pessoas saudáveis.

  • Imunidade: Embora a glutamina seja essencial para as células imunológicas, estudos não confirmam que a suplementação aumente a eficácia do sistema imunológico.
  • Absorção limitada: Quando ingerida como suplemento, grande parte da glutamina não chega à corrente sanguínea, sendo metabolizada antes de atingir o organismo de forma eficiente.

Quando a glutamina pode ser útil?

A suplementação pode ser recomendada em situações específicas, como:

  1. Estresse físico extremo: queimaduras graves, sepse e traumas severos podem aumentar a demanda por glutamina.
  2. Treinos de alta intensidade: atletas de alto rendimento, em casos de esforço prolongado, podem necessitar de suporte adicional, embora uma dieta balanceada geralmente seja suficiente.
  3. Doenças intestinais ou condições de rápida replicação celular: infecções alimentares ou tratamentos médicos que causem perda de células intestinais podem justificar o uso.

Em tais casos, a suplementação deve ser avaliada individualmente por profissionais de saúde.

Usos alternativos da glutamina

A glutamina já foi amplamente utilizada para tratar condições como diabetes e saúde intestinal, mas as evidências científicas são insuficientes para justificar seu uso nesses contextos.

Conclusão: priorize a alimentação equilibrada

Apesar de sua importância para o organismo, a glutamina é naturalmente produzida pelo corpo em níveis adequados na maioria das situações. Focar em uma dieta rica e variada é a melhor forma de garantir o equilíbrio desse aminoácido, reservando a suplementação para casos específicos e sob orientação profissional.



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