Desde o início do conflito em Gaza, mais de 46.000 pessoas perderam a vida e mais de 110.000 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde local.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo ao cessar-fogo em Gaza durante uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de acordo com a BBC. Em sua última semana no cargo, Biden destacou a "necessidade imediata de um cessar-fogo em Gaza, o retorno dos reféns" e o aumento da ajuda humanitária viabilizada por uma pausa nos combates conforme previsto em um acordo.
Enquanto isso, Netanyahu reuniu-se com membros de seu gabinete que são contrários ao cessar-fogo, buscando convencê-los a não se demitirem.
Na última quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o acordo estava "muito próximo" e esperava sua conclusão antes do término do mandato de Biden. Por outro lado, o presidente eleito Donald Trump alertou que a situação "explodiria" caso um acordo não fosse alcançado antes de sua posse.
Anshel Pfeffer, correspondente do The Economist em Israel, se mostrou cético quanto à possibilidade de um acordo imediato. "Já estivemos nesta posição tantas vezes. Até haver um anúncio oficial, uma trégua ou o início da libertação de reféns, continuarei cético", declarou ao Today Programme da BBC.
Ataques israelenses em Gaza continuam
A violência persiste na cidade de Gaza, onde equipes de resgate recuperaram ao menos um corpo dos escombros de uma casa destruída por um ataque israelense nesta segunda-feira.
Fontes locais relataram que diversas casas no bairro de Shujaiya, na parte leste da cidade, foram atingidas por ataques. No entanto, a agência de notícias palestina Wafa não especificou o número de vítimas.
Apelo por um futuro melhor
Muhannad Hadi, coordenador humanitário da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados, pediu no domingo pelo fim da guerra em Gaza para garantir um futuro mais esperançoso para as crianças e a região como um todo. Durante sua visita à cidade de Gaza, Hadi se encontrou com representantes de organizações não governamentais (ONGs), reforçando a urgência de um desfecho pacífico para o conflito.