Uma investigação realizada pela BBC em parceria com o site MediaZona estima que entre 195 mil e 219 mil soldados russos tenham morrido desde o início da guerra na Ucrânia. Entre esses números, 88 mil foram identificados nominalmente, com base em fontes como redes sociais, relatos de familiares, documentos e veículos de imprensa.
Os dados, atualizados recentemente pelo site Istories, combinam informações confirmadas com análises que projetam o total de baixas não identificadas, tornando a pesquisa uma das mais confiáveis sobre o tema. A estimativa não inclui as perdas de formações das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk (LDPR). De acordo com os pesquisadores, as fontes disponíveis representam apenas entre 45% e 65% das baixas totais, o que sugere que os números reais podem variar entre 195,6 mil e 219,2 mil mortos.
As forças de elite russas sofreram perdas devastadoras. Estima-se que mais de 6.000 soldados altamente treinados morreram no conflito, incluindo integrantes das Forças Aerotransportadas, Fuzileiros Navais, forças especiais do GRU e pilotos de combate da VKS.
A situação chegou a um ponto crítico, levando o exército a recrutar prisioneiros para as unidades de elite, levantando preocupações sobre a eficácia futura dessas tropas.
As perdas também foram significativas nas forças especiais do GRU e na Marinha:
A reposição de tropas nessas unidades é considerada difícil devido ao alto custo e ao longo período de treinamento necessário.
A morte de 267 pilotos altamente treinados representa um golpe estratégico à aviação militar russa. O custo de formação de um piloto pode ultrapassar milhões de dólares, e a perda de tais profissionais é insubstituível no curto prazo.
Além disso, as forças russas perderam mais de 4,5 mil oficiais ao longo do conflito. Isso gera desafios estratégicos imediatos e compromete a capacidade operacional e a estrutura de comando a longo prazo.
Os números destacam o impacto devastador da guerra sobre as forças armadas russas, tanto em termos humanos quanto estratégicos, levantando questões sobre a sustentabilidade da campanha militar no futuro.