Ataque armado em assentamento do MST em Tremembé, SP, deixa dois mortos e seis feridos

Na noite da última sexta-feira (10), um ataque violento abalou a comunidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Assentamento Olga Benário, em Tremembé, interior de São Paulo. A ação resultou na morte de dois assentados, Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, e Gleison Barbosa de Carvalho, além de seis feridos, alguns em estado grave.

Dinâmica do ataque
O crime ocorreu por volta das 23 horas, quando homens armados invadiram o assentamento em carros e motos, disparando de forma indiscriminada. Muitas das vítimas estavam dormindo no momento do ataque, incluindo crianças e idosos. Os feridos foram levados a hospitais da região, onde passaram por cirurgias de emergência.

Reações e investigações
O MST manifestou indignação e apontou a falta de políticas públicas de segurança como um agravante que expõe os assentados à violência. A Polícia Civil já iniciou as investigações, e um dos suspeitos foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

Repercussão política
O caso repercutiu no cenário político, mobilizando parlamentares e autoridades:

• Sâmia Bomfim (PSOL) exigiu investigação célere e punição rigorosa.
• Simão Pedro (PT) sugeriu que organizações criminosas interessadas em áreas de reforma agrária poderiam estar envolvidas.
• Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, classificou o ataque como grave e pediu providências imediatas.
• Leci Brandão (PCdoB) expressou tristeza e destacou a necessidade de justiça social como resposta à vulnerabilidade das comunidades rurais.

Contexto de insegurança
O episódio evidencia a fragilidade da segurança nos assentamentos rurais, ressaltando os desafios enfrentados por trabalhadores do campo em sua luta por terra e moradia digna. O caso demanda uma resposta contundente das autoridades e da sociedade civil para proteger a integridade das populações vulneráveis e assegurar os direitos humanos fundamentais.