Foragida desde 2021, Karine de Oliveira, conhecida como a "rainha do pó", teve sua prisão revogada pela Justiça. Apontada como uma das maiores exportadoras de cocaína da América do Sul, Karine é suspeita de comandar uma organização criminosa que utilizava o Porto de Santos como principal rota para o envio de drogas à Europa durante a última década.
Segundo as investigações, Karine liderava um esquema sofisticado, organizando carregamentos de cocaína e gravando vídeos como garantia para os compradores, demonstrando a logística utilizada para enviar os entorpecentes. Em um dos registros divulgados, ela detalha como os pacotes eram lacrados e escondidos em pallets de mercadorias:
"Lacradinha. Aqui já 'desmontemos' o pallet, certo? Ele vai sair desse jeito. Vai estar no segundo e no terceiro. Vocês vão tirar o primeiro e vai estar no segundo e no terceiro."
Karine também é acusada de supervisionar cada etapa do transporte, garantindo que as cargas chegassem ao destino sem interrupções.
As autoridades divulgaram imagens de como Karine poderia ser encontrada, descrevendo-a com cabelos claros, frequentemente presos, franja cobrindo parte do rosto e, em algumas ocasiões, usando óculos. Apesar da prisão revogada, ela permanece sob vigilância das forças de segurança.
A decisão judicial gerou questionamentos entre especialistas e membros da segurança pública, dado o impacto de sua atuação no tráfico internacional de drogas. O Porto de Santos, utilizado por Karine, é o maior do Brasil e frequentemente é alvo de operações contra o tráfico de entorpecentes.
As investigações continuam, e o caso da "rainha do pó" reflete os desafios enfrentados no combate ao narcotráfico na América do Sul.