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Acidente
29/12/2024 06:00:00

Jovens palestinos mutilados enfrentam desafios físicos e psicológicos após a guerra em Gaza

Jovens palestinos mutilados enfrentam desafios físicos e psicológicos após a guerra em Gaza

Layane al Nasr, de 14 anos, perdeu as duas pernas em um bombardeio israelense em Gaza há um ano. Hoje, ela caminha com a ajuda de próteses e muletas, mas vive angustiada com a possibilidade de perder seus familiares que permaneceram na Faixa de Gaza. Ela é uma das mais de 2.000 pessoas feridas ou doentes, evacuadas da região para os Emirados Árabes Unidos desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, desencadeado em outubro de 2023.

O conflito, que começou com um ataque do Hamas que deixou mais de 1.200 mortos em Israel, resultou em uma retaliação israelense devastadora, com mais de 45.400 mortos e 100.000 feridos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Recuperação e dificuldades
Os palestinos mutilados estão sendo tratados em um complexo em Abu Dhabi, que oferece serviços médicos e sociais. Apesar das próteses devolverem parte da autonomia aos pacientes, o impacto psicológico da guerra permanece uma barreira significativa.

Exemplos como o de Qamar, de 10 anos, que perdeu uma perna em um bombardeio, mostram as dificuldades emocionais. Sua mãe, Faten Abu Khusa, relata que a menina sente falta de andar de skate e de seus irmãos, refugiados no Egito.

Ahmad Mazen, de 15 anos, perdeu o pai e o irmão após ser evacuado para os Emirados. Apesar da tragédia, ele encontra consolo jogando futebol novamente, algo que descreve como uma sensação "indescritível".

As autoridades dos Emirados planejam que os palestinos retornem a Gaza quando as condições forem seguras, mas, para muitos, o futuro ainda é incerto.