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Acidente
29/12/2024 02:00:00

Rússia anuncia suspensão do fornecimento de gás à Moldávia a partir de 2025 devido a dívida não paga


Rússia anuncia suspensão do fornecimento de gás à Moldávia a partir de 2025 devido a dívida não paga

A gigante russa de energia Gazprom anunciou neste sábado (28) que interromperá o fornecimento de gás para a Moldávia a partir de 1º de janeiro, citando uma dívida não quitada pelo país. A decisão afeta diretamente a região separatista da Transnístria, que recebe gás canalizado pela Ucrânia, usado para gerar energia barata destinada a áreas controladas pelo governo moldavo.

O primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean, condenou a medida, classificando-a como uma tentativa do Kremlin de "deixar os habitantes da Transnístria sem luz e calor em pleno inverno". Ele também acusou a Rússia de usar a energia como arma política—a acusação foi repetidamente rejeitada por Moscou.

A Gazprom alega que a dívida moldava soma US$ 709 milhões, enquanto o governo moldavo contesta o valor, afirmando que o montante é de apenas US$ 8,6 milhões. Além disso, a empresa russa condiciona o fornecimento de gás a novos pagamentos e ao uso de rotas alternativas para o transporte.

Em resposta, a Moldávia diversificou suas fontes de abastecimento de gás para reduzir a dependência da Rússia. O presidente Maia Sandu declarou que a Gazprom está "provocando uma crise energética" ao se recusar a utilizar outras rotas para fornecer gás.

Impactos da interrupção
Sem fornecimento de gás, a principal usina elétrica da Transnístria pode parar de funcionar, deixando a Moldávia e a região separatista vulneráveis a apagões prolongados, semelhantes aos enfrentados pela Ucrânia após ataques russos a sua infraestrutura energética. A Moldávia, com 2,5 milhões de habitantes, já declarou estado de emergência e anunciou medidas para reduzir o consumo de energia em um terço a partir de janeiro.

O contrato atual de trânsito do gás russo pela Ucrânia, que abastece países como Eslováquia, Áustria, Hungria e Itália, também expirará em 31 de dezembro, indicando uma possível paralisação mais ampla do fornecimento russo à Europa.

 



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