Durante a Missa do Galo, celebrada nesta terça-feira (24/12) na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco abordou o tema das guerras e injustiças no mundo, destacando as “desolações” que marcam o cenário atual. Três dias após condenar os bombardeios na Faixa de Gaza, o pontífice voltou a chamar atenção para os horrores da guerra e a situação dos mais vulneráveis.
“Há tantas desolações neste tempo. Pensemos nas guerras, nas crianças metralhadas, nas bombas nas escolas ou nos hospitais”, afirmou o Papa. Ele também incentivou os cristãos a levantarem a voz contra o mal e a injustiça, especialmente aquelas que afetam os mais pobres.
Francisco destacou a importância da compaixão e pediu que os fiéis reflitam sobre sua capacidade de “sentir com” o próximo, um chamado inspirado no Evangelho de Lucas para renovar a esperança e a responsabilidade cristã.
Na mesma ocasião, o Papa Francisco deu início ao Jubileu 2025, com o rito de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, marcando o início de um evento que ocorrerá até 6 de janeiro de 2026. Este período especial na Igreja Católica, conhecido como o “Ano Santo”, ocorre a cada 25 anos e é um momento de perdão, reconciliação e peregrinação.
O Vaticano espera receber mais de 30 milhões de peregrinos ao longo do Jubileu. Durante a cerimônia, o pontífice, que aos 88 anos conduziu os eventos em cadeira de rodas devido à saúde frágil, abriu a grande porta de bronze enquanto os sinos soavam, simbolizando o perdão e a indulgência plenária oferecidos aos fiéis.
Os participantes do Jubileu que visitarem as Basílicas Papais de Roma poderão obter o perdão dos pecados, desde que cumpram práticas como confissão, peregrinação a lugares sagrados ou atos de caridade. Além disso, a tradição permite que as indulgências sejam recebidas em outras localidades, como em igrejas designadas por arquidioceses ao redor do mundo.
Após o ataque a uma feira de Natal na Alemanha na última semana, as autoridades italianas reforçaram as medidas de segurança para os eventos no Vaticano. Cerca de 700 policiais foram mobilizados, e mais de 800 câmeras de vigilância foram instaladas no centro de Roma para garantir a proteção dos fiéis e visitantes.
Com essas mensagens de compaixão e esperança, o Papa Francisco buscou inspirar um mundo marcado por desafios e incertezas, convidando os cristãos a participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e solidária.