Especialistas alertam que o Estado Islâmico (EI) pode ressurgir aproveitando o vácuo de poder na Síria, após a queda do presidente Bashar al-Assad, destituído por militantes do grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS). Com o país fragmentado e sem uma liderança central unificada, a desordem política e militar oferece condições propícias para o EI reorganizar suas operações. Apesar de derrotado em 2018, o grupo mantém remanescentes na região desértica entre a Síria e o Iraque, destacando sua habilidade de se adaptar ao caos.
Enquanto o HTS tenta consolidar uma administração transitória em Damasco, disputas por regiões estratégicas, como Deir ez-Zor, rica em petróleo, alimentam a instabilidade. As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos EUA, enfrentam desafios para conter células adormecidas do EI e administrar prisões superlotadas com milhares de combatentes detidos. Especialistas alertam que invasões a essas instalações poderiam reacender a força do grupo extremista.
Apesar dos esforços da coalizão liderada pelos EUA, incluindo ataques aéreos recentes contra esconderijos do EI, analistas reforçam que a ameaça está longe de ser eliminada. O grupo continua explorando divisões sectárias e rivalidades locais para recuperar influência. A cooperação internacional e o fortalecimento de forças locais são apontados como medidas cruciais para impedir o ressurgimento do EI.