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No Distrito Federal, bombeiros e agentes de vigilância sanitária participaram de ações de conscientização e inspeção em áreas como a QNP 32, na Ceilândia, a 30 km de Brasília. Entre as residências visitadas estava a da aposentada Antônia Maria dos Prazeres Araújo, de 68 anos, que quase transformou um saco plástico esquecido no quintal em criadouro do mosquito Aedes aegypti. As chuvas recentes haviam acumulado água no saco, mas a situação foi contornada com um simples furo na sacola, orientado por agentes da Vigilância Ambiental.
Mobilização nacional
O Dia D de Mobilização contra a Dengue aconteceu neste sábado (14), em diversas cidades do país, e contou com a participação de agentes ambientais, sanitários, bombeiros e apoio do Ministério da Saúde. A ministra Nísia Trindade deu início à campanha no Rio de Janeiro, enquanto no DF, larvicidas e inseticidas foram aplicados em possíveis focos, e os moradores receberam orientações sobre medidas preventivas, como evitar recipientes descobertos que possam acumular água.
Apesar de existir uma vacina contra a dengue, esta ainda é limitada a pessoas entre 10 e 14 anos. "A prevenção continua sendo a melhor maneira de combater a dengue, evitando focos do mosquito", destacou Lívia Vinhal, coordenadora-geral de Vigilância em Arboviroses do Ministério da Saúde.
Prevenção antecipada para evitar epidemias
Com o verão prestes a começar, o momento é considerado ideal para reforçar ações preventivas e evitar repetir a grave epidemia do ano anterior, que resultou em 7 mil mortes. Segundo Lívia, a falta de invernos rigorosos, agravada pelo aquecimento global, tem favorecido o aumento da infestação do Aedes aegypti até em países temperados que antes não registravam casos.
No DF, o Governo do Distrito Federal (GDF) organizou mutirões semanais em diferentes regiões administrativas. Luiz Felipe Carvalho, presidente da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), alertou sobre a importância do engajamento da população para que o esforço coletivo tenha resultados duradouros. "Se a população não colaborar, corremos o risco de enfrentar a mesma situação alarmante do início deste ano", afirmou.
Esforço comunitário
Na residência de Dona Antônia, os agentes recomendaram medidas simples, como tampar baldes com água limpa e selar tampas antigas de redes de esgoto com massa de cimento. O maior foco, no entanto, estava em uma calha entupida no quintal do vizinho, onde agentes aplicaram larvicidas para eliminar riscos. "O combate à dengue é um esforço comunitário. Cada morador é responsável não apenas por sua casa, mas também pelo impacto na vizinhança", reforçou Luiz Felipe Carvalho.
Agência Brasil
