O Ministério Público de Alagoas (MPAL) pediu a prisão preventiva de Felipe Silva Cirino, acusado de assassinar sua esposa, Joice dos Santos Silva, e de tentar matar o filho do casal, de 15 anos, ao oferecer coxinhas envenenadas. O crime ocorreu em 8 de outubro deste ano, na cidade de Porto Real do Colégio, interior de Alagoas.
De acordo com laudos da Polícia Científica, as 20 coxinhas oferecidas às vítimas estavam contaminadas com as substâncias tóxicas sulfotep e terbufós. Após consumir o alimento, Joice passou mal, apresentando sintomas graves como espuma na boca, e foi levada pelo próprio acusado para a UPA local, onde faleceu cinco horas depois. O adolescente também sofreu sinais de intoxicação, mas sobreviveu.
O promotor de Justiça Paulo Roberto de Melo Alves Filho apontou que há evidências suficientes para que Felipe Cirino seja julgado por homicídio qualificado, incluindo feminicídio, motivo torpe, uso de veneno e dissimulação. Além disso, o MP solicitou exames de corpo de delito no menor para verificar vestígios do envenenamento e a apuração de possíveis processos judiciais anteriores contra o acusado.
A denúncia destaca que, além do crime, o réu tentou apagar vestígios que o implicassem, reforçando a necessidade de mantê-lo preso para assegurar a instrução criminal. Relatos indicam que essa não foi a primeira tentativa de envenenamento contra Joice, que vivia um relacionamento abusivo com Felipe, marcado por agressões físicas e psicológicas.
Na noite do crime, Felipe levou um pacote com 20 coxinhas para a casa onde residia com Joice e o filho. Ambos consumiram o alimento sem saber que estava envenenado. Joice passou mal quase imediatamente e foi encontrada pelo filho e pelo acusado em estado grave. Apesar de ter sido levada ao hospital, ela não resistiu.
A atitude calculista do réu e os indícios apresentados na investigação reforçam a gravidade do crime. O MP aguarda a decisão judicial para determinar a prisão preventiva de Felipe Silva Cirino.
Ascom MP-Al