Promessas de Campanha Sob Pressão
O pacote de corte de gastos anunciado pelo governo Lula (PT) pode retirar R$ 42,3 bilhões do orçamento do Ministério da Educação nos próximos cinco anos. A medida coloca em risco a expansão do ensino em tempo integral, uma das principais promessas de campanha do presidente nas eleições de 2022.
Segundo o plano divulgado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os cortes ainda precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional. Caso se confirmem, os recursos atualmente destinados ao ensino integral poderão ser remanejados para outras áreas da educação ou do governo.
Impacto no Ensino Integral
Atualmente, o ensino integral é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), composto por recursos de estados, municípios e do Distrito Federal. O governo federal contribui com 19% do fundo, percentual que deve aumentar para 23% em 2026. Contudo, a destinação desses recursos é definida por prefeitos e governadores.
Com o corte proposto, a expansão do ensino em tempo integral perderia um montante significativo, dificultando o alcance das metas previstas.
Outros Ajustes no Orçamento
Além do impacto na educação, o pacote de Haddad inclui diversas mudanças fiscais e tributárias. Entre elas:
O governo também promete mecanismos mais rigorosos para prevenir fraudes em benefícios, corrigir excessos e assegurar que agentes públicos respeitem o teto constitucional de salários. Além disso, as emendas parlamentares terão crescimento abaixo do limite estabelecido pelas novas regras fiscais.
O Papel do Congresso
Todas essas mudanças dependem da aprovação do Congresso, o que pode gerar alterações ou mesmo atrasos nos planos. A retirada de recursos da educação, em particular, tende a ser um dos pontos mais debatidos, especialmente devido ao impacto nas promessas de campanha de Lula e na qualidade do ensino público.