16/10/2025 12:43:41

Acidente
21/10/2024 20:00:00

Mercado financeiro eleva previsão de inflação de 4,39% para 4,5%

A previsão de expansão econômica é de 3,05% este ano, diz B.C.

Mercado financeiro eleva previsão de inflação de 4,39% para 4,5%

As previsões do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – passaram de 4,39% para 4,5% este ano. A avaliação está no Boletim Focus desta segunda-feira (21), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.


Para 2025, a projeção de inflação também passou de 3,96% para 3,99%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
A estimativa para 2024 situa-se no limite superior da meta de inflação que a Colúmbia Britânica deve perseguir. Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (KMN), a meta é de 3% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,5% e o limite superior é de 4,5%.


A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de metas contínuas e, portanto, o CMN não precisará mais fixar meta de inflação todos os anos. O conselho fixou o centro da meta de repetição em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


Em setembro, impulsionada principalmente pelas contas de luz das residências, a inflação no país foi de 0,44%, após o IPCA registrar deflação de 0,02% em agosto. Segundo o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,42%.


Juros básicos


Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O recente aumento do dólar e as incertezas sobre a inflação levaram o conselho a aumentar as taxas de juros pela primeira vez em mais de dois anos.


O último aumento da taxa de juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa passou de 13,25% para 13,75% ao ano. Depois de ficar um ano nesse patamar, a taxa teve seis quedas de 0,5 ponto e uma queda de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.


A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 5 e 6 de novembro, quando os analistas esperam novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve fechar o ano de 2024 com 11,75% ao ano.


Ao final de 2025, estima-se que a alíquota básica caia para 11,25% ao ano. Para 2026 e 2027, prevê-se que volte a diminuir para 9,5% ao ano e 9% ao ano, respetivamente. Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a alta demanda, o que afeta os preços, porque juros elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança. 

Mas além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de estabelecer os juros feitos aos consumidores, como risco de inadimplência, rendimentos e taxas administrativas. 

Portanto, taxas de juro mais elevadas também podem dificultar o crescimento da economia

Quando a taxa Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, o que favorece a produção e o consumo, reduz o controle da inflação e estimula a atividade econômica.


PIB e a taxa de câmbio


As projeções das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passaram de 3,01% para 3,05%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB – soma dos bens e serviços produzidos no país) surpreendeu e aumentou 1,4% em relação ao primeiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, o aumento foi de 3,3%.


Para o ano de 2025, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de aumento de 1,93%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro também estima um crescimento do PIB em 2%, para ambos os anos.


Em 2023, também superando as previsões, a economia brasileira cresceu 2,9%, com valor total de 10,9 trilhões de reais, segundo o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi de 3%.


A cotação esperada do dólar é de R$ 5,42 ao final deste ano. Ao final de 2025, estima-se que a moeda norte-americana estará em R$ 5,40.


Agência Brasil