A Referência
Ao menos nove palestinos morreram em operação realizada por forças de segurança israelenses na Cisjordânia, informaram nesta quarta-feira (28/08) autoridades do território palestino ocupado.
O Exército isralense confirmou que atua nas cidades de Jenin e Tulcarém, e disse ter matado "cinco terroristas em uma sala de operações" no campo de refugiados Nur Shams, em Tulcarém. Grupos militantes palestinos afirmaram que estavam trocando disparos com as forças israelenses.
O governador de Jenin, Kamal Abu al-Rub, disse na rádio local que a cidade estava cercada por soldados israelenses, que estariam destruindo a infraestrutura na região e bloqueando o acesso a hospitais.
Mais de 660 palestinos já foram mortos na Cisjordânia desde o início da guerra entre Hamas e Israel, em 7 de outubro de 2023 – a maior parte em operações das forças israelenses na região, que afirmam visar grupos radicais armados como o Hamas e a Jihad Islâmica. Outros milhares foram presos.
Muitos são combatentes armados, mas alguns são jovens que atiravam pedras contra os militares, ou civis sem quaisquer envolvimento aparente em hostilidades.
No lado israelense, ao menos 30 pessoas foram mortas em ataques em Jerusalém e na Cisjordânia no mesmo período.
Desta vez, a nova operação vem um dia após o Exército israelense anunciar o resgate de mais um refém sequestrado pelo Hamas – o beduíno árabe Qaid Farhan Alkadi, de 52 anos –, em uma "complexa operação no sul da Faixa de Gaza".
Alkadi é um dos oito beduínos – minoria étnica de Israel – sequestrados em 7 de outubro. Ele trabalhava como segurança em uma fábrica no Kibbutz Magen. Ele tem duas esposas e é pai de 11 filhos.
O atual conflito entre israelenses e palestinos foi deflagrado após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1,2 mil mortos e resultou no sequestro de outras cerca de 250 pessoas – destas, 108 seguem em Gaza, e um terço delas é dada como morta.
Desde então, operações israelenses na Faixa de Gaza deixaram mais de 40 mil mortos, segundo números fornecidos por autoridades ligadas ao Hamas, grupo islamista que controla a Faixa de Gaza. A guerra também deixou desabrigados 90% dos 2,3 milhões de habitantes do território palestino.