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Apontado como chefe da maior milícia do Rio, o miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, de 33 anos, foi baleado e morreu na noite desta sexta-feira (7).
Além de Pipito, dois seguranças dele foram baleados, em ação da Polícia Civil na favela do Rodo, na zona oeste do Rio.
Segundo investigações, Pipito deve ter assumido a mílicia conhecida como Bonde do Zinho, depois que o chefe que dava nome ao grupo foi preso, na última véspera de Natal.
Ele assumiu o posto de número 2 da maior milícia do Rio de Janeiro - antiga Liga da Justiça - após a morte do sobrinho de Zinho, Matheus da Silva Rezende, o Faustão.
Com 24 anos, Matheus morreu em uma ação da Polícia Civil em 23 de outubro, organizada para captura do então chefe da milícia.
Pipito foi o responsável por dar ordem para ação de retaliação no mesmo dia, com a queima de 35 ônibus na Zona Oeste da capital carioca, segundo investigações.
À época, um mandado contra ele chegou a sumir do Banco Nacional de Mandados de Prisão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), poucas horas após ser expedido. Depois, apareceu como prescrito.
Pipito entrou para a milícia em 2017, quando o grupo era chefiado por Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, primeiro homem não ligado a forças policiais a liderar a antiga milícia Liga da Justiça.
Carlinhos também foi o primeiro irmão da família Braga no comando, seguido por Wellington da Silva Braga, o Ecko.
A associação paramilitar sofreu rachas depois da morte de Ecko e ascensão de Zinho na hierarquia, em 2021.