A maioria das pessoas tem uma ideia aproximada do tamanho da porção ideal de comida para elas — mas isso costuma ser influenciado por outros fatores, incluindo as porções que são oferecidas.
Uma série de pesquisas mostra que existe uma tendência a comer mais quando as porções que nos oferecem são maiores.
“Uma das principais preocupações em relação às pessoas que comem porções maiores do que necessitam é que elas podem desenvolver padrões a partir de comportamentos alimentares que não são saudáveis. Principalmente se essas porções estiverem relacionadas a alimentos que não são considerados saudáveis”, explica James Stubbs, professor de equilíbrio energético da Universidade de Leeds, no Reino Unido, à BBC Food.
Clare Thornton-Wood, nutricionista e porta-voz da Associação Britânica de Nutricionistas (BDA, na sigla em inglês), diz que no Reino Unido o tamanho médio de um prato aumentou de 22 cm na década de 1970 para 28 cm hoje, o que "significa inevitavelmente que o tamanho das porções aumentou”.
“Além disso, os restaurantes quase sempre servem porções maiores do que deveriam, e as pessoas acham confuso não repetir isso em casa”, acrescenta.

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Suas mãos podem te ajudar a calcular as porções
Para começar, não existe algo como uma porção “normal” — isso vai depender de vários fatores. Entre eles:
- Idade;
- Gênero;
- Altura e/ou peso;
- Níveis de atividade física.
“Também depende, geralmente, do que você come durante o dia, e com que frequência você come as porções”, explica Thornton-Wood.
“No entanto, uma maneira simples e visual de entender o tamanho das porções é usar as mãos."
- Carne: o tamanho da palma da sua mão (sem contar os dedos);
- Aves/peixe: o tamanho da sua mão inteira;
- Legumes e verduras: um punhado (use a mão em concha para medir);
- Carboidratos (batata, arroz, macarrão, etc.): um punhado.
“Os tamanhos das porções recomendadas para adultos saudáveis ????são geralmente baseados em uma necessidade calórica diária de 2.000 kcal por dia para mulheres, e 2.500 kcal por dia para os homens”, afirma Stubbs.
“As pessoas variam muito e, por isso, os valores médios podem, às vezes, ser enganosos, uma vez que cada pessoa é diferente e tem necessidades diferentes. No entanto, existe o receio de que, se as pessoas consumirem porções maiores do que o necessário, isso vai resultar em uma ingestão de energia superior às suas necessidades energéticas.”