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O réu Arnóbio Henrique Cavalcante Melo vai a júri popular na próxima segunda-feira (1º), a partir das 8h30, no Fórum do Barro Duro. Ele é acusado de assassinar sua ex-companheira a golpes de faca em 2016. O julgamento será conduzido pelo juiz Yulli Roter Maia, titular da 7ª Vara Criminal da Capital - Tribunal do Júri.
O acusado tem um histórico de ameaça, difamação, injúria e calúnia por meio de boletins de ocorrência registrados entre 2008 e 2015, pela Polícia Civil (PC). Neste ano, destaca-se o BO registrado por Joana, por ameaça um ano antes de seu assassinato.
De acordo com informações da Polícia Civil, há dois boletins de ocorrência que trazem como vítimas ex-esposas de Arnóbio: um com registro de 2008 e outro, de 2011. Um desses BOs está relacionado a fato enquadrado como crime de ameaça pela Lei Maria da Penha (Lei 11.240/2016).
Entre 2012 e 2013, há oito boletins de ocorrência registrados contra Arnóbio pelo esposo de sua tia, dois por uma prima e um por uma tia do réu.
Na Justiça, há o registro de quatro pedidos de medidas protetivas de urgência contra Arnóbio, que são providências garantidas por lei em casos de violência doméstica, visando à proteção da mulher que esteja em situação de risco.
O CASO
O feminicídio aconteceu no dia 5 de outubro de 2016, no bairro do Poço, quando, dentro do veículo da vítima e mediante o uso de um instrumento perfurocortante, o acusado desferiu mais de 30 golpes.
De acordo com o relatório, o réu não aceitava o término do relacionamento com a mulher. Na ocasião, ele marcou um encontro com a vítima, para conversar sobre o acordo de pensão para o filho, que tinha apenas dois anos.