Cada Minuto
Dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, ministrado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho, mostram 74 trabalhadores foram resgatados de situação de trabalho análogo a escravidão em Alagoas em 2023. Três vítimas foram encontradas nos município de Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, 13 foram encontradas em Ouro Branco, no Sertão do estado, e 44 em Murici, na Zona da Mata.
Ainda segundo relatório, a situação se agrava ainda mais quando se fala de "resgatados naturais, ou seja, pessoas que são resgatadas do trabalho escravo de acordo com a sua unidade federativa de origem ou residência. Nesses casos, 1.619 trabalhadores naturais de Alagoas e 1.418 trabalhadores com residência no estado foram resgatados noutros estados entre 2002 e 2023. Isso demonstra que o estado não apenas emprega mão-de-obra escrava como exporta vítimas.
O estudo também revela que desde 1995, 920 trabalhadores foram resgatados do trabalho análogo ao de escravo em Alagoas.
Em todo o ano passado, o MPT participou de 255 operações de combate ao trabalho escravo em diversas regiões do país. Os estados com o maior número de trabalhadores resgatados foram Goiás (739), Minas Gerais (651) e São Paulo (392).
Desde 2022, o MPT executa em Alagoas o Projeto Estratégico Capacitação da Rede de Atendimento às Vítimas de Escravidão Contemporânea (PRECAV). Nos primeiros meses de 2024, profissionais dos Municípios de União dos Palmares e Roteiro foram capacitados pela iniciativa.
O projeto tem por objetivo aperfeiçoar o serviço prestado por municípios nas áreas de assistência social, saúde, educação, segurança e direitos humanos, levando conhecimento aos respectivos profissionais e integrando-os no exercício de políticas públicas de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas.
*com MPT/AL