O Distrito Federal decretou estado de emergência por causa do surto de dengue. De acordo com o Ministério da Saúde, Brasília, Minas Gerais, Acre e Paraná são as unidades da federação com os maiores índices de incidência de casos no Brasil.
Com o aumento de casos da doença, a busca por repelentes também cresceu. No DF, a procura subiu em torno de 40%, segundo o Sindicato de Comércio de Produtos Farmacêuticos.
Os repelentes utilizados contra o mosquito da dengue devem ter substâncias específicas na fórmula (veja abaixo) e funcionam para evitar também o vírus da zika e a chikungunya. A dermatologista da Secretaria de Saúde do DF Fernanda Paglia Duran explica que pacientes com dengue também devem passar repelente para evitar que sejam picados e que o inseto contaminado transmita a doença para outras pessoas.
Veja abaixo outras dicas para escolher o melhor repelente e a forma correta de aplicar o produto para evitar a contaminação com a picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti.
A dermatologista Fernanda Paglia Duran diz que há três substâncias presentes em repelentes que são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde e liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que podem prevenir a picada do o mosquito da dengue:
Para adultos, a concentração ideal é de 20% de Icaridina ou 30% de DEET, para uma maior eficácia, diz a dermatologista (veja abaixo a recomendação para crianças).
Não. O uso de repelentes não é recomendado em bebês de menos de seis meses.
"A orientação, nesses casos, é usar roupas mais claras, proteção mecânica, mosqueteiros, nas portas, nas janelas, nas camas", diz a dermatologista Fernanda Paglia Duran.
A Anvisa alerta que os repelentes utilizados em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação e nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias
Se o repelente para ambientes em formato de spray for utilizado, a recomendação é que seja durante o dia, quando houver ventilação dos ambientes para evitar intoxicação.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os repelentes "naturais" à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia contra o mosquito da dengue.
"Portanto, todos eles estão irregulares. Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes, os limpadores e os incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Agência", diz a Anvisa.
Além disso, os equipamentos que emitem vibrações, CO2 ou luz, plantas e sementes ou equipamentos com outras tecnologias não são considerados saneantes passíveis de regularização pela Anvisa.
A Anvisa destaca também que não há produtos de uso oral, como comprimidos ou vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito da dengue.
O g1 fez um levantamento de preços dos repelentes indicados para combater o mosquito da dengue – que contem Icaridina, IR3535 ou DEET – nesta sexta-feira (2), nas principais redes de drogarias do Distrito Federal. Confira abaixo os valores encontrados:
Drogasil
"Para todos os produtos saneantes ou cosméticos devem ser observadas as orientações e limitações de de uso constantes na embalagem do produto", diz a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a dermatologista Fernanda Paglia Duran, cada produto tem a especificação na própria embalagem – e é importante seguir essa orientação, tanto de idade, quanto de quantidade da aplicação.
No entanto, há algumas recomendações gerais
Rosário
Droga Raia
Drogaria Araújo
O mais indicado para ambientes é o repelente elétrico, pois ele vai funcionar durante toda a noite, diz a dermatologista Fernanda Paglia Duran.
"O ideal é repelente durante o dia, em spray ou loção corporal, e para ambientes, o repelente elétrico, que deve estar localizado a no mínimo dois metros de distância da cama", diz a médica.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, o pernilongo é o animal mais letal do mundo, por ser vetor de transmissão de muitas doenças. Os insetos matam mais pessoas do que qualquer outro bicho.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que doenças transmitidas por vetores causam mais de 700 mil mortes por ano.
G1