No dia 4 de janeiro de 2020, o general Qassem Soleimani, do Irã, estava fazendo uma visita ao Iraque quando foi morto em um ataque de drone executado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.
Soleimani era uma figura importante no Irã. Ele era o líder das Forças Quds, uma ala da Guarda Revolucionária do Irã, e o responsável pela política externa militar do Irã, que consiste em apoiar outros grupos no Oriente Médio.
A morte de Soleimani foi um grande evento político no Irã. Ele era considerado um herói no país e em outras regiões do Oriente Médio.
Após sua morte, o aiatolá Ali Khamenei, o líder máximo do Irã, deu ordem para um luto nacional de três dias.
Três eventos ligados indiretamente à morte de Soleimani causaram a morte de mais de 300 pessoas.
O velório de Soleimani aconteceu na cidade de Kerman. Centenas de milhares de pessoas foram ao evento.
No começo da procissão, a mjultidão começou a se acotovelar e empurrar. Pelo menos 56 morreram esmagadas e mais de 200 foram feridas.
A procissão acontecia em uma via estretia, e as ruas paralelas estavam fechadas. As pessoas não tinham para onde fugir quando começou a confusão.
No dia 8 de janeiro de 2020, quatro dias após a morte de Soleimani, um avião Boeing 737-800 de uma companhia aérea ucraniana caiu pouco depois de decolar do aeroporto de Teerã, capital do Irã, com 176 pessoas a bordo. Ninguém sobreviveu.
Inicialmente, o governo do Irã afirmou que o Boeing tinha caído por problemas da aeronave.
Nos dias após a morte de Soleimani, o Irã atacou bases militares dos EUA no Iraque. Os iranianos então estavam esperando um ataque das forças americanas e estavam monitorando o espaço aéreo para derrubar mísseis.
O Irã eventualmente confessou que seus próprios militares haviam derrubado o avião em Teerã.
No comunicado em que assumiam a culpa, os militares iranianos diziam que o avião "estava na posição e altitude de um avlo inimigo" e que estava perto de uma base da Guarda Revolucionária. "Nessas condiçóes, por causa de um erro humano" o avião "foi alvo de fogo".
Na época, os militares afirmaram que iriam fazer mudanças na corporação para evitar um erro como esse novamente.
Na quarta-feira (3) houve um evento na cidade de Kerman, onde Soleimani está enterrado, para lembrar os quatro anos da morte do general.
Em uma rua a caminho do cemitério onde o corpo de Soleimani houve duas explosões. Juntas, elas mataram mais de 95 pessoas que estavam em uma procissão. Outras 211 ficaram feridas, segundo serviços de emergência do Irã.
As explosões ocorreram com um intervalo de 20 minutos entre elas.
O governo iraniano chamou a explosão de "atentado terrorista" e disse se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas que estavam no meio da multidão.
G1