De acordo com Khaled Khiari, secretário-geral adjunto da ONU (Organização das Nações Unidas) para Oriente Médio, Ásia e Pacífico, este foi o quinto lançamento de um artefato do gênero neste ano, após os testes com um Hwasong-15 em fevereiro, um Hwasong-17 em março e outros mísseis de combustível sólido Hwasong-18 em abril e julho.
Apesar da fala ameaçadora, Kim afirmou que a Coreia do Norte age para se defender, classificando os testes de mísseis como “demonstração clara da estratégia de resposta assertiva da nossa nação para retaliar sem hesitação com um ataque nuclear se provocada por armas nucleares, e uma explicação explícita da evolução da nossa estratégia e doutrina nuclear.”
Quem também falou após o lançamento do míssil foi Kim Yo-jong, irmã do líder comunista e apontada como principal candidata a eventualmente sucedê-lo no futuro. O alvo dela não foi apenas Washington, mas também Seul e a ONU (Organização das Nações Unidas), após o Conselho de Segurança debater a questão norte-coreana.
Na ocasião, o secretário-geral António Guterres condenou o lançamento e instou Pyongyang a cumprir as as resoluções do Conselho de Segurança. Também reiterou o apelo ao país “para reabrir os canais de comunicação e retomar o diálogo sem condições prévias para alcançar a paz sustentável e a desnuclearização completa e verificável da Península Coreana.”
Kim Yo-jong, então, reagiu, dizendo que as Nações Unidas se concentram “apenas em condenar as nossas ações de autodefesa, ao mesmo tempo que negligenciam as provocações verbais e ativas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, que provocaram diretamente a nossa resposta.”
As manifestações norte-coreanas surgem enquanto os EUA, a Coreia do Sul e o Japão realizavam um exercício militar aéreo na costa da Península Coreana na quarta-feira (20), o que irritou Pyongyang, que costuma classificar movimentações semelhantes como “preparações para uma invasão.” As manobras foram justamente uma resposta ao lançamento do míssil pelo regime comunista.
A Referência