Diante do uso de força letal para conter os manifestantes, uma delegação do governo, incluindo o presidente do país, Felix Tshisekedi, chegou a Goma no começo desta semana para conduzir investigações com o objetivo de identificar os responsáveis, como explicou Kazadi.
O ministro assegurou que não há intenção de ocultar informações e que “toda a verdade será revelada”. As autoridades também fizeram um apelo às famílias das vítimas em Goma para colaborarem com informações no inquérito em andamento.
Em 23 de agosto, o prefeito de Goma proibiu um protesto organizado pelo Wazalendo. Motivados pelas lideranças religiosas, os seguidores desse grupo planejavam realizar uma manifestação contra a organização regional da Comunidade da África Oriental e a missão de manutenção da paz das Nações Unidas no Congo (Monusco), que tem enfrentado uma crescente pressão para se retirar do país após mais de duas décadas de presença.
Jovens manifestantes em Goma demonstraram sua revolta com as mortes bloqueando estradas na manhã (horário local) de segunda-feira. Durante a tarde, a cidade ficou paralisada até que a polícia conseguiu dispersar os manifestantes sem grandes incidentes e reabrir as pistas.

