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Acidente
29/08/2023 06:00:00

Construtoras investigadas na Lava Jato pedem ao governo Lula crédito de US$ 100 milhões para obras em Angola

Construtoras investigadas na Lava Jato pedem ao governo Lula crédito de US$ 100 milhões para obras em Angola

Com Agora Notícias Brasil

Em solo angolano, o presidente Lula prometeu, entre outras coisas, retomar os financiamentos brasileiros no país africano. A paralisação de negócios se deu diante de escândalos de corrupção que foram desvendados pela operação Lava Jato.

18 empresas, incluindo algumas das principais construtoras do País investigadas na operação, aproveitaram a presença do presidente em Luanda para pedir a reabertura dos financiamentos na Anagola, conforme registro do jornal O Estado de São Paulo, que estima que o valor de retomada de crédito pode chegar a U$ 100 milhões.

De acordo com o veículo, um grupo de executivos que incluía os CEOs da Novonor (antiga Odebrecht), Hector Nunez, da Andrade Gutierrez, Carlos Souza, e da Queiroz Galvão, Gustavo Guerra, conseguiu uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no hotel Intercontinental, o mais moderno e luxuoso de Luanda, capital do país.

“Temos orgulho de ter contribuído, no passado, com o financiamento de projetos de rodovias, saneamento, abastecimento de água e geração e distribuição de energia elétrica”, disse Lula na Assembleia Nacional.

Apesar do líder petista ter cravado que o país voltará a atuar com  o país africano, o passado recente contrasta com o dado o histórico da Lava Jato. Em acordo de leniência nos Estados Unidos, a Odebrecht admitiu que pagou propinas estimadas em U$ 788 milhões a políticos e servidores em 12 países, inclusive Brasil e Angola.

Lula, inclusive, tornou-se réu numa ação penal, acusado de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência internacional, em decorrência de delações dos executivos da construtora. O caso ganhou grande repercussão e ficou conhecido como “esquema Angola”, apurado na Operação Janus.