Com Agora Notícias Brasil
Em solo angolano, o presidente Lula prometeu, entre outras coisas, retomar os financiamentos brasileiros no país africano. A paralisação de negócios se deu diante de escândalos de corrupção que foram desvendados pela operação Lava Jato.
18 empresas, incluindo algumas das principais construtoras do País investigadas na operação, aproveitaram a presença do presidente em Luanda para pedir a reabertura dos financiamentos na Anagola, conforme registro do jornal O Estado de São Paulo, que estima que o valor de retomada de crédito pode chegar a U$ 100 milhões.
De acordo com o veículo, um grupo de executivos que incluía os CEOs da Novonor (antiga Odebrecht), Hector Nunez, da Andrade Gutierrez, Carlos Souza, e da Queiroz Galvão, Gustavo Guerra, conseguiu uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no hotel Intercontinental, o mais moderno e luxuoso de Luanda, capital do país.
“Temos orgulho de ter contribuído, no passado, com o financiamento de projetos de rodovias, saneamento, abastecimento de água e geração e distribuição de energia elétrica”, disse Lula na Assembleia Nacional.
Apesar do líder petista ter cravado que o país voltará a atuar com o país africano, o passado recente contrasta com o dado o histórico da Lava Jato. Em acordo de leniência nos Estados Unidos, a Odebrecht admitiu que pagou propinas estimadas em U$ 788 milhões a políticos e servidores em 12 países, inclusive Brasil e Angola.
Lula, inclusive, tornou-se réu numa ação penal, acusado de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência internacional, em decorrência de delações dos executivos da construtora. O caso ganhou grande repercussão e ficou conhecido como “esquema Angola”, apurado na Operação Janus.