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Especial
20/06/2023 14:00:00

‘Achei que estava resfriado, semanas depois amputaram minhas duas pernas’

‘Achei que estava resfriado, semanas depois amputaram minhas duas pernas’

Fonte agoranoticiasbrasil.com.br

Em março deste ano, quando Mathew Hicks, de Aberdeenshire, na Escócia, teve febre, tomou um paracetamol acreditando que se tratava de um simples resfriado. No entanto, apenas duas semanas depois, ele teve as duas pernas amputadas após ser diagnosticado com um quadro de sepse, Strep A e pneumonia.

O que começou como um resfriado, piorou rapidamente e, quando sua esposa Rachael, 36, finalmente chamou uma ambulância que o levou às pressas para o hospital, Matthew foi colocado em coma induzido. Quando ele acordou, duas semanas depois, os médicos disseram que o sangue não chegava mais a seus pés e precisavam amputar as duas pernas abaixo do joelho. “Eu realmente não entendi o que estava acontecendo quando soube da minha amputação porque não tinha visto meus pés. Eu simplesmente aceitei o que o médico me disse, mas quando finalmente vi a cor cinza que eles haviam ficado, fiquei completamente chocado. Então eu estava desesperado para removê-los”, contou ele ao Daily Record.

A filha de Matthew, Evie, 3 anos, não pôde ver o pai por sete semanas, o que Rachael disse ter sido “a coisa mais difícil de tudo”. “Ele foi levado direto para a UTI e me disseram que ele estava gravemente doente. Mathew geralmente está em forma e saudável. Ele só reclamava de um forte resfriado e febre alta, mas o paracetamol estava ajudando, então nós dois pensamos que ele estava bem. Eu simplesmente não conseguia acreditar o quão sério era. Os médicos o colocaram em coma. Disseram-me que não houve melhora e que, como último recurso, eles usariam uma máquina chamada ECMO para ajudar a mantê-lo vivo”, lembra ela.

 

Esposa está surpresa com a forma com que ele está lidando com a provação — Foto: Reprodução/Mirror

Esposa está surpresa com a forma com que ele está lidando com a provação — Foto: Reprodução/Mirror

ECMO é uma forma de suporte de vida que fornece suporte cardíaco e respiratório ao oxigenar o sangue fora do corpo. A esposa disse que o médico era “dolorosamente honesto” e disse à família que se a máquina não ajudasse a estabilizar os órgãos de Mathew, não havia mais opções. “Ficamos sentados em silêncio e incrédulos. Ficamos muito aliviados quando soubemos que Matthew havia reagido, mas depois recebemos mais más notícias sobre a amputação. Nem por um minuto eu pensei que as coisas acabariam assim. Mathew tem sido muito forte e incrível. Sua atitude tem sido muito positiva. Seu foco principal é nossa filha, Evie. Ela lhe dá força para superar”, disse ela.

“Evie é a filhinha do papai. Agora ela o chama de ‘super-herói'”, completou ela. Mathew recebeu alta do hospital na quarta-feira (14), após doze semanas de recuperação. Desde então, ele desenvolveu um problema cardíaco como resultado da sepse grave, que fez com que seu coração funcionasse em apenas 34% de sua função original. Os médicos dizem que só o tempo mostrará as consequências desse déficit. A família disse que sabe que terá um caminho difícil pela frente enquanto Mathew se adapta a um novo estilo de vida, mas tem esperança no futuro.

“Sinto-me aliviado por finalmente estar em casa depois de todo esse tempo. Minha perspectiva de vida definitivamente mudou. Antes da minha doença, eu trabalhava tanto quanto possível, mas agora percebo que o trabalho não é tudo e pretendo passar mais tempo aproveitando a vida e com minha família”, disse. Uma arrecadação de fundos foi criada para ajudar a família a tornar a casa mais acessível para Mathew.

Revista Crescer