Notícias ao Minuto
"A maioria dos doentes com incontinência urinária, fecal, ou que sofre de ambas, não consultam o médico, porque sentem medo ou vergonha", segundo um comunicado da tecnológica Medtronic. "Este dado espelha o sub-diagnóstico desta patologia, que afeta 420 milhões de pessoas em todo o mundo."
Com o objetivo de desmistificar o estigma associado a esta patologia e fazer com que os doentes procurem um especialista, a Medtronic, com o apoio do Movimento Pela Continência e Disfunção Pélvica, lançou a campanha de sensibilização 'A Mochila Mais Pesada'. "A incontinência é uma patologia com um elevado impacto na vida dos doentes", afirma Ricardo Pereira e Silva, urologista do Hospital Santa Maria, no Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte, citado em comunicado.
"Apesar de dispormos de um vasto leque de opções terapêuticas, o elevado estigma social faz com que muitos doentes vivam esta doença em silêncio, dificultando o diagnóstico e o tratamento. Embora seja uma patologia invisível, tem um grande impacto na sociedade", acrescenta.
A incontinência é também uma doença com uma forte carga emocional. O medo, a depressão ou a ansiedade são apenas algumas das consequências adicionais com que muitos doentes acabam por se deparar. Apesar de não existirem muitos estudos que tenham avaliado o impacto emocional da incontinência fecal nos doentes, estima-se que cerca de 40% sofre de perturbações psiquiátricas ou problemas de saúde mental. "Quando uma pessoa é diagnosticada com incontinência, a sua vida muda por completo. Muitos de nós, que vivemos com esta doença, carregamos uma mochila cheia de medos, vergonha e inseguranças", explica Joana Oliveira, presidente do Movimento Pela Continência e Disfunção Pélvica. "É importante que os doentes procurem um médico que lhes dê soluções, mas também está nas mãos de todos ajudarmos a aliviar o peso desta mochila, demonstrando mais sensibilidade e empatia.."