Os combates em Zaporíjia intensificam-se, após forças ucranianas terem atacado posições russas no sul do país.
A contraofensiva, ainda não confirmada por Kiev, centra-se para já em Zaporíjia, um ponto estratégico, controlado em grande parte por Moscovo, que permite à Rússia ligar a península da Crimeia à região do Donbass.
E embora a Ucrânia não queira revelar a estratégia militar, a ministra adjunta da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, admitiu no Telegram progressos também em Bakhmut e também noutras cidades.
Em Kherson, milhares de pessoas foram retiradas da região inundada, depois da explosão na barragem de Nova Kakhovka.
Kiev acusa no entanto Moscovo de estar a impedir voluntários de salvar pessoas retidas nas margens do rio Dnipro, através de bombardeamentos às operações de evacuação do local.
O presidente ucraniano visitou a região esta quinta-feira. Volodymyr Zelenskyy diz que as águas que inundam a região estão contaminadas com resíduos provenientes dos esgotos, óleos e químicos e alerta para dois milhões de vidas em risco, entre animais e pessoas, por aquilo a que chama um "ecocídio".
"Os terroristas russos estão a tentar agravar ainda mais a situação que causaram com o seu ecocídio. Isto é absolutamente deliberado. Continuam a bombardear Kherson e as comunidades da região, que já foram inundadas pelos terroristas. Estão mesmo a bombardear os pontos de evacuação", afirmou o líder ucraniano.
O bombardeameto durante a evacuação de zonas inundadas foi também condenado na ONU, pelo embaixador da Ucrânia.
Sergiy Kyslytsya afirma que pelo menos nove pessoas, incluindo polícias e pessoal médico e de salvamento, ficaram feridas.
Um grupo de estados-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou "profunda preocupação".
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