O gestor de União dos Palmares bacharel em direito dr. Areski Freitas tem usado com constância as redes sociais para divulgar a justificativa por que a municipalidade não vai promover a tradicional ‘Festa do Milho’ que se originou na década de 70 e é evento incluso no Calendário Turístico de Alagoas desde a administração do falecido prefeito Afrânio Vegetti. A realização da festa foi seguida pelos prefeitos Manoel Gomes de Barros, Rosiber Oliveira, Iran Menezes (pai do atual vice-prefeito Junior Menezes e pretenso candidato a prefeito em 2024), José Pedroza e pelo próprio dr. Areski Freitas em algumas ocasiões.
Nos pronunciamentos do prefeito é justificada ‘a escassez de tempo’ (depois de 3 mandatos) para concluir ainda em sua administração obras de ‘infraestrutura importantes’ como ele classifica já em andamento a exemplo do calçamento do Bairro Frios, calçamento a paralelepípedos de ladeiras na zona rural e semelhantes e, claro, reforma de praças públicas já iniciadas com a presença de canteiros de obras e operários em quase todas elas.
Em um dos seus pronunciamentos via Instagram o gestor justifica a data da construção de um coreto histórico com mais de 100 anos na Praça José Simões de Melo (o saudoso comerciante ‘Zé Doutor’) apelidada carinhosamente como ‘pracinha do Rocha’ outrora lugar bucólico e romântico que tinha uma gigantesca castanhola ao seu lado e onde eram realizadas retretas das bandas municipais aos domingos desde o início do século passado mas que dr. Freitas afirma haver sido construída em 1990 pelo ex-prefeito Iran Menezes quando na realidade foi apenas reparada; da retirada do busto do escritor Jorge Matheus de Lima da sua praça respectiva e ultimamente sem motivo aparente a retirada da estátua do Padre Cicero Romão Batista que empresta seu nome ao conhecido logradouro fato que desagradou a romeiros e devotos. Não se tem certeza se para reparos ou por puro capricho do prefeito que é adepto praticante da maçonaria.
O interessante é que o patrimônio cultural de União dos Palmares está sendo delapidado por um gestor que não é nativo do município, portanto descompromissado com sua história, e não respeita as tradições da terra de Jorge de Lima. Tudo isto ocorre apenas a 75 quilômetros do Instituto Histórico de Alagoas em Maceió cuja existência serve para preservar o patrimônio histórico das cidades.
A conivência e o silencio da Câmara Municipal e do Ministério Público demonstram que aparentemente aprovam os atos da atual gestão. Estes órgãos são fiscalizadores dos interesses do povo, portanto não há necessidade de serem provocados para fatos de natureza semelhantes porque já faz parte do seu contexto de trabalho.
Em administração recente, o mesmo prefeito investiu na Praça Cicero quando pretendia tornar o local um parque modelo africano o que foi considerado puro desperdício do dinheiro público. Hoje o logradouro é um ambiente pagão onde se comercializam bebidas alcoólicas e à revelia da polícia, também drogas, sem contar com a violência com o registro de diversas pessoas assassinadas em derredor da conhecida praça, outrora apenas ponto de encontro dos romeiros do Padre Cicero, missas campais e palco de pregações de outras religiões
Em contraproposta ao assunto é do conhecimento da comunidade que a atual gestão deixa a desejar no tocante a diversas obras de infraestrutura no perímetro urbano e rural de União dos Palmares, a começar pela humanização dos Bairros Santa Maria Madalena, dezenas de ruas nos Bairros Roberto Correia de Araújo, Nova Esperança, Newton Pereira, Nossa Senhora de Fátima e na Rua Amélia Mendes (terceiro acesso viário a cidade) que foram calçadas ou pavimentadas sem saneamento básico além de dezenas de estradas vicinais nesta época invernosa com transito caótico sem condições de escoar a produção agrícola.
A carência de uma UPA para atender a população no período noturno, ginásios de esportes para serem concluídos como o caso do Bairro Nova Esperança; existem no Bairro Roberto Correia de Araújo e em toda cidade ruas esburacadas, calçamentos novos que se desgastaram com pouco tempo de uso como é o caso da Travessa Juvenal Mendonça defronte ao Parque de Vaquejada Recuperação, ruas que ficam alagadas com chuvas de grande intensidade a exemplo da Travessa Santa Maria Madalena, Praça Frei Damião nas proximidades do 2º., BPM, Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros e dezenas de outros problemas de alcance social como a construção de novo Matadouro Municipal que foi destruído na cheia de 2010 e demais problemas que afligem a população e que pela lógica e sensatez seriam mais urgentes e uteis do que recuperar praças que são patrimônios históricos sem necessidade a exemplo da estrutura da Quadra Municipal de Esportes contigua a Prefeitura Municipal.
A reforma da quadra e a mudança do nome da Prefeitura de Centro Administrativo Antônio Gomes de Barros para Palácio Municipal Zumbi dos Palmares segundo rumores, é pelo fato de haver sido construídos na administração do adversário político do atual prefeito ex-governador Manoel Gomes de Barros o que rotula a atual administração de revanchista e deixa transparecer intenções de destruir ou modificar o que o ex-governador construiu.
O irônico é que existem obras da atual administração que são o fiel retrato do descaso com as coisas religiosas como o caso da estátua gigante da Padroeira local Santa Maria Madalena mandada construir em Palmeira dos Índios e montada na Serra da Laje de onde existe uma visão privilegiada da cidade e hoje está abandonada. Aliás a homenagem a santa nunca foi usada para nenhum ato religioso (custou aos cofres públicos mais de cem mil reais a época). Hoje o local religioso serve como ponto de distribuição de drogas, guerra entre gangues já com o registro de crimes e abriga colmeias de abelhas.
A Editoria // Texto e Fotos do Arquivo







