O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinam, nesta sexta-feira (28), a demarcação definitiva de seis terras indígenas em seis estados, dentre eles, Alagoas.
Segundo o governo, são as primeiras demarcações homologadas desde 2018. Nos últimos quatro anos, o governo Jair Bolsonaro não avançou no tema.
Em Alagoas, a terra demarcada é a Kariri-Xocó, situada entre os municípios de São Brás e Porto Real do Colégio (com 4.694 hectares), segundo o governo federal. A estimativa é de uma população de 2,3 mil pessoas na reserva indígena alagoana.
Ao todo, as áreas demarcadas pelo governo petista somam 612.863,3 hectares – ou 6.128 quilômetros quadrados. Atualmente, o Brasil tem 732 áreas indígenas demarcadas que, juntas, ocupam 117.377.533 hectares – 13,8% da extensão do país.
Do pedido ao registro
A demarcação de uma terra indígena envolve uma série de processos que incluem a análise da demanda da população indígena, a delimitação do território físico e o registro da terra indígena em cartório.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), hoje vinculada ao Ministério dos Povos Indígenas, é responsável por todo esse trâmite.
Até 2022, todo esse trâmite ficava a cargo do Ministério da Justiça, o qual era vinculado à Funai.
Veja, abaixo, em linhas gerais, as etapas que envolvem a demarcação de uma terra indígena: