Até 2030, meio bilhão de pessoas poderão desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e outras enfermidades devido ao sedentarismo, conforme aponta o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), "Status Global sobre Atividade Física 2022". Tal comportamento torna-se ainda mais nocivo quando associado a um padrão alimentar inadequado - pouco nutritivo e rico em açúcares e gorduras -, e eleva, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o risco do surgimento de 13 tipos de câncer, incluindo o colorretal e renal, que são reforçados neste mês em campanhas de conscientização e prevenção.
"A falta de atividade física combinada à ingestão excessiva de carne vermelha, alimentos ultraprocessados e pobres em vitaminas e fibras contribuem para a obesidade e favorecem o aumento de casos de neoplasias. A obesidade está associada a mediadores inflamatórios e anormalidades metabólicas e endócrinas, que promovem o crescimento celular e exercem efeitos antiapoptóticos, o que significa dizer que as células cancerígenas não se autodestroem mesmo após graves danos no DNA", elucida Lorena Goulart, nutricionista da Oncoclínicas Belo Horizonte.
Ela explica que a correlação entre obesidade e os problemas citados no organismo constam no Terceiro Relatório de Especialistas, Dieta, Nutrição, Atividade Física e Câncer, desenvolvido pelo Fundo Mundial de Pesquisa em Câncer (WCRF, em inglês) e do Instituto Americano para Pesquisa em Câncer (AICR, em inglês).
msn