O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) intermediou conflito agrário entre supostos compradores de propriedade rural e famílias posseiras da Fazenda Mônica, no município de Colônia Leopoldina.
O Iteral foi procurado por 16 representantes posseiros, que foram ameaçados de despejo e de terem as casas destruídas. O caso será levado a todos os órgãos que têm a competência técnica de apurar e de punir, a exemplo, do Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público do Trabalho (MPT), porque também há violações de direitos relacionados a contratos de trabalho.
.jpeg)

“A missão do Iteral é defender a reforma agrária e, também, as pessoas mais simples e oprimidas. O que a gente puder fazer para resolver esse caso vamos nos mobilizar. Com a presença do Estado a paz volta a reinar. Nós fomos até o local com representantes da CPT, superintendente de Direitos Humanos da Semudh e o Gerenciamento de Crises para garantir o diálogo e a negociação com os possíveis compradores da terra. Essa mobilização também mostrou que as famílias posseiras não estão sozinhas, e o Iteral continuará trabalhando para que permaneçam trabalhando na terra de forma segura”, disse o diretor-presidente Jaime Silva.
O superintendente de Políticas para os Direitos Humanos e a Igualdade Racial da Secretaria da Mulher e Direitos Humanos (Semudh), Mirabel Alves, destacou que direitos à moradia, à alimentação, ao trabalho e à vida foram desrespeitados.
"Vamos abraçar essa causa e fazer todas as articulações possíveis para que haja reparação dessas violações. Entendemos também a necessidade de solucionar o problema da terra em favor desses trabalhadores, e seria muito bom se houvesse essa possibilidade. Entristece muito ver as pessoas tendo seus telhados retirados sob a ameaça de que se não saísse da casa passaria o trator por cima, ou seja, não está sendo respeitado nenhum dos direitos, inclusive, o direito à vida. Também há o relato do envenenamento das lavouras, que gera uma perda para esses agricultores, e o Estado precisa assumir realmente um posicionamento", afirmou Mirabel Alves.
*Com Ascom ITERAL
jornal de alagoas