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15/02/2009 00:00:00

Especiais


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O estudante alagoano José Cristóvão da Silva, de 24 anos e 2,24 metros de altura, foi proibido pelos médicos de andar de bicicleta em Palmeira dos Índios (AL). Como não suporta grandes caminhadas, ele costumava andar de bicicleta pelas ruas da cidade onde mora e agora sonha em ter uma motocicleta. "Eu sempre andei de bicicleta, mas o médico disse que eu tenho de parar, pois as articulações das pernas podem não suportar o esforço", disse Cristóvão.

O estudante afirmou que já arriscou algumas voltas em motocicletas de amigos em sua cidade. "Já aprendi a andar de moto. Preciso fazer mais umas aulinhas, tirar carteira de habilitação. Vou fazer um esforço para conseguir comprar uma motocicleta. Só tem um modelo que dá para a minha altura e ainda assim terei de aumentar as molas do armotecedor.

Tratamento

Ele ficou 13 dias internado no Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, passou por exames de rotina, que fazem parte do tratamento de acromegalia, doença causada pelo excesso de hormônio de crescimento, produzido pela hipófise. Esse aumento é provocado por um tumor na hipófise.

Ele desembarcou em São Paulo no dia 29 de janeiro e seguiu direto para o Hospital das Clínicas. O estudante recebeu alta nesta quarta-feira (11). "Eu fiz uma bateria de exames. Tudo para como parte de meu tratamento. Felizmente está tudo bem comigo. Minha altura se estabilizou, mas preciso tomar os medicamentos com mais disciplina."

A assessoria de imprensa do HC informou que o médico Bruno Halpern acompanhou o estudante no lugar do endocrinologista Marcelo Bronstein, que participou do tratamento da acromegalia de Cristóvão em 2007, quando o rapaz passou por uma cirurgia para a retirada de tumor na hipófise (glândula localizada em uma estrutura óssea na base do cérebro.

Amigos

Cristóvão demorou mais para se despedir dos pacientes do sétimo andar do Hospital das Clínicas do que para fazer o último exame nesta quarta-feira. Ele passou de quarto em quarto para dar um abraço em cada um dos companheiros de tratamento.

"São pessoas bacanas e que acabei fazendo amizade. Da outra vez que fiquei aqui também conheci bastante gente legal. Algumas me escrevem e outra me ligam para saber como estou. Gosto de todo mundo aqui, desde os médicos, enfermeiras e pacientes", disse Cristóvão, enquanto recebia promessas de telefonemas de pacientes, entre um abraço e outro.

"Além deles, tenho amigos em São Paulo, que vieram de minha cidade [Palmeira dos Índios (AL)] e trabalham por aqui. Quero ver se consigo visitá-los novamente antes de ir embora", disse Cristóvão.

Medo de avião

Cristóvão disse que veio sozinho desta vez a São Paulo porque sua mãe, dona Maria José da Silva, 55 anos, tinha compromissos profissionais. "Não foi muito bom viajar sozinho, mas tem coisas que a gente tem de começar a fazer sem a mãe por perto."

O estudante afirmou que teve de vencer o medo de avião para continuar os exames em São Paulo. "Foi difícil, pois tenho medo, mas felizmente todos da equipe do avião me trataram bem. Até arrumaram uma poltrona na frente para caber minhas pernas."

 

G1


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