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18/11/2008 00:00:00

Especiais


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A oferta de conexão rápida à internet vem crescendo de forma expressiva nos últimos anos. Mas, diante de tantas opções, qual a melhor escolha? Qual a velocidade ideal? Qual meio físico escolher? A proposta desta coluna é justamente ajudá-lo a responder essas questões, lembrando que a decisão depende de vários fatores. Com essas informações, você poderá pesquisar os preços dos serviços e definir qual a melhor relação custo benefício para atender às suas necessidades.

Ao contratar esse tipo de serviço, uma das principais preocupações é com a velocidade de conexão. O que devemos levar em conta hoje é um exponencial crescimento dos conteúdos multimídia da internet, que para funcionar bem exigem uma conexão veloz: vídeos, canais de áudio dos mais variados tipos, sites com recursos de animação avançados e games on-line cada vez mais elaborados.

Creio que hoje, para navegar de forma tranqüila e com uma velocidade de transferência satisfatória, um usuário doméstico deve pensar em planos cuja velocidade varie de 500 Kbps até 2 Mbps. Claro que para conexões especiais, como via celular e satélite, essa velocidade cai.

As características específicas de cada meio de conexão (divididos por ordem alfabética) estão listadas abaixo. Dentro de cada tópico, você encontrará as vantagens, desvantagens e diferentes velocidades de cada alternativa. 

Cabo

Vantagens: permite a mesma velocidade de envio e recebimento de dados, não depende da existência de linha telefônica.

Desvantagens: requer estrutura de cabeamento, inexistente em algumas regiões.

O uso de conexão rápida via cabo vem crescendo juntamente com a adesão das pessoas aos planos de TV por assinatura. A velocidade desse tipo de acesso varia entre 256 Kbps e 24 Mbps (megabits por segundo).

Uma limitação nos planos de internet a cabo refere-se ao volume dos dados trafegados: se passar, o usuário pode ter de pagar ao provedor de acesso uma taxa pelo excedente. Um meio eficiente de avaliar seu uso e saber se a cota de tráfego oferecida pelas empresas está dentro do seu consumo é usar um programa como o NetMeter, detalhado nesta coluna.

Eu tenho uma conexão residencial a cabo, que é usada de forma intensa: meu computador fica conectado 24 horas por dia e navego pelo menos quatro horas diárias, de forma ininterrupta. Meu consumo é de cerca de 700 MB de envio e 4.3 GB de recebimento de dados por mês.

 

Para uso doméstico (pesquisas, entretenimento, e-mail, etc.), acredito que uma limitação mensal em torno de 2 GB de limite de recebimento de dados (download) esteja de bom tamanho. Geralmente, os provedores colocam em seus limites de transferência a informação de download, por isso a sugestão de valor para esse quesito.

Não são todas as localidades que têm esse tipo de serviço, pois ele exige cabeamento. Até mesmo em cidades como São Paulo, há bairros e regiões descobertas. 

Celular

Vantagens: mobilidade, pois o modem de conexão é leve e portátil.
Desvantagens: preço e disponibilidade restrita.

Até a chegada dos modems 3G, as conexões por celular eram lentas e instáveis. A nova tecnologia trouxe velocidade e também acarretou, com o aumento da demanda, a queda no preço de acesso. 

A velocidade desse tipo de conexão depende muito da tecnologia empregada: nas redes GSM com EDGE pode haver conexões de velocidades chegando a 200 Kbps. Com UMTS, pode-se atingir um taxa de 7,2 Mbps. Apesar de mais alta, ainda é bem menor do que outras alternativas.

Apesar das siglas complicadas, ao contratar esse tipo de serviço você deve ter algo muito claro: o mais importante é que ele ofereça o que se propõe, que é acesso de alta velocidade em qualquer lugar atendido pela rede de telefonia celular. Porém existem diferenças entre as redes das operadoras e o quesito mobilidade pode ficar prejudicado quando mudamos cidade.

Outro fator determinante em conexões por celular é o custo de banda excedente. As operadoras costumam criar pacotes com volume de dados baixo e o excedente pode sair caro. Por isso, antes de contratar o serviço, pesquise muito com base na estimativa do tráfego de dados que vai consumir. 

DSL (Digital Subscriber Line)

Vantagem - possibilidade de conexão permanente de alta velocidade, diversidade de pacotes de velocidade, linha telefônica desocupada durante o uso.

Desvantagem - necessidade de linha telefônica e assimetria na transferência de dados (ou seja, taxa de recebimento maior do que a de envio de dados).

Existem pelo menos três tipos de conexão DLS. A mais comum é a ADSL, cujas velocidades variam de 256 Kbps até 8 Mbps. O ADSL2 vai de 256 Kbps até 24 Mbps, enquanto o VDSL atinge 52 Mbps. Por fim, não posso deixar de citar o VSDSL2, que permite conexões até o limite de 100 Mbps.

Provavelmente você pouco verá essas siglas no mercado, pois as empresas entenderam que para seus clientes o que importa é a velocidade, e não os pormenores técnicos que cercam aquela velocidade.


Na prática, a diferença entre os tipos de DSL não ficam explícitas pelos provedores: eles indicam sempre a velocidade de navegação e acabam generalizando que a conexão é ADSL. Porém, é possível saber que se ela for além de 8 Mbps não será a ADSL, mas sim a ADSL2 ou VDSL.

Na hora de contratar um serviço DSL deve-se levar em conta a diferença entre a velocidade de recebimento e envio de dados. Muitos planos garantem o recebimento a 8 Mbps, porém o envio é feito com taxa de 1 Mbps. Se em seu uso for necessário o envio de grandes quantidades de dados, o DSL pode frustrar suas expectativas.

Outra característica a ser observada é a garantia de entrega da operadora. Muitas colocam em contrato que garantem o desempenho mínimo de 10% da velocidade contratada. Essa cláusula existe nos contratos de muitas pessoas e elas não conhecem esta variável, que é importantíssima. A velocidade dificilmente chega a apenas 10% do contratado, mas este piso tem relação com a infra-estrutura mínima que a empresa precisa ter para prover acesso. 

Rádio

Vantagens: não precisa de fios ou cabos, facilitando o acesso à web. É amplamente usado em locais públicos, como restaurantes, cafés, livrarias, aeroportos, etc. Tem baixo custo quando o acesso é compartilhado.

Desvantagens: dependendo da quantidade de usuários o desempenho é baixo, requer níveis de segurança elevados (a rede de dados precisa ser protegida contra acesso de pessoas não-autorizadas). 

Dentro dessa categoria temos as conexões do tipo Wi-Fi, que prestam um grande serviço permitindo que diversos computadores compartilhem acesso. Outra tecnologia é a de redes WiMax que, de maneira muito simplista, são grandes redes Wi-Fi de longo alcance e alta velocidade.

A velocidade de conexão via rádio vai depender muito do meio (Wi-Fi ou WiMax) e do tipo de placa de rede wireless. As redes Wi-Fi vão de 11 Mbps até 300 Mbps para os novos dispositivos padrão 802.11n. O alcance de uma rede Wi-Fi é curto, enquanto as redes WiMax são feitas justamente para cobrir grandes distância com taxas de transferências similares às do Wi-Fi. Muitos especialistas acreditam que as redes Wimax substituirão os atuais meios de transmissão de dados que usam meios físicos (cabos).

Um ponto negativo da conexão via rádio é a velocidade de conexão, que pode ser prejudicada quando existem muitos usuários simultâneos trafegando grandes volumes de dados.

A rede via rádio, em muitos casos, depende de outras tecnologias para existir. Muitos dos pontos de acesso Wi-Fi são, na verdade, ligados à internet por uma conexão via ADSL, cabo ou mesmo fibra, e o rádio é usado como distribuidor de acesso naquela localidade. 

Satélite

Vantagens: alta disponibilidade, acessível em lugares de difícil acesso e fora dos grandes centros urbanos.

Desvantagens: requer aparelhagem mais sofisticada, o custo da instalação e da mensalidade são elevados.

Uma das vantagens desse tipo de conexão é o fato de o acesso não estar ligado à localização. Ainda que em zonas afastadas e esquecidas do Brasil, onde não é oferecido acesso à internet pelos meios convencionais, o acesso via satélite funciona: a cobertura atinge todo o território nacional. Só que, quanto mais remoto o local da instalação, maior deve ser o ganho de sinal da antena.

Empresas no Brasil que trabalham com esse meio de transmissão de dados vendem pacotes de 100 Kbps a 600 Kbps de velocidade.

Uma limitação para essa tecnologia pode ser o fator custo, um pouco mais elevado que as outras conexões. Contudo, o principal usuário desse meio são pessoas que não têm a seu dispor outro tipo de acesso.

Tem dúvidas? Tem sugestões? Deixe seu comentário. A sua participação nesta coluna é importante! Quinta-feira estarei de volta com respostas para as questões levantadas.

com g1 / fernando panissi



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