Antonio Aragão
Faleceu por volta das 12,15 horas deste sábado (15), no Hospital da UNIMED no bairro do Farol, em Maceió, a menor Vitória Sobral de Amorim, de 6 anos de idade, residente na Rua G do núcleo Residencial Padre Donald, periferia de União dos Palmares, vitima de uma bala perdida em um tiroteio ocorrido no ultimo dia 7, quando morreu Ivan José de Souza, o “Caveirinha” e saiu ferido Josué Leandro César, vulgo “Jô”.
O inicio do registro macabro
Eram 19,30 horas da sexta feira, 7 de novembro quando a policia militar foi avisada que estava ocorrendo um tiroteio na periferia da cidade. Ao se deslocar para o local, uma guarnição ainda encontrou com vida Ivan, Vitória e Josué que foram removidos para o Hospital São Vicente de Paulo, entretanto Ivan entrou em óbito ao receber os primeiros socorros, e dado à gravidade dos ferimentos, por ordem médica as outras duas vitimas foram levados ao Hospital Geral do Estado em Maceió.
No sábado dia 8, o agricultor Antonio Sobral e sua mulher a domestica Rita Izidio Sobral foram visitar a enteada no Hospital Geral do Estado e lá chegando, receberam surpresos à informação que Vitória se encontrava internada na UTI do Hospital da UNIMED também
Na segunda feira dia 10 por volta das 18,00 horas, um médico ligou para Antonio e Rita pedindo a presença dos dois (na suposição que estes eram os pais biológicos de Vitória), para providenciar a remoção do cadáver para União.
O vereador eleito pelo PV em outubro passado Cícero Aurélio da Silva conhecido como “Tutu”, que é amigo da família ao ser comunicado do fato providenciou uma urna funerária e se dirigiu para Maceió com o intuito de trasladar o corpo. “Ao chegar ao Hospital - disse o político – fomos avisados que a meninha tinha tido morte cerebral, e um doutor perguntou aos pais sobre o consentimento da doação de órgãos, que beneficiaria a outras tantas pessoas”.
Milagre ou Suspense?
No relato, o edil disse que não assistiu mas que a senhora Rita contou que enquanto ela e o marido conversavam com o médico, a menina derramou duas lágrimas, e estimulada, mexeu com uma das mãos, o que causou espanto aos que presenciaram a cena.
“O casal foi convencido a assinar um consentimento para quando Vitória morresse, seus órgãos fossem doados, mas quando a mãe verdadeira da menina soube negou a pretensão dos doutores de retirar os órgãos da menor, embora na noite em que estivemos no hospital, Antonio e Rita tenham me contado que encontraram um médico de União que disse que eles não se preocupassem com a menina que ela estava bem cuidada” finalizou.
A morte e o sepultamento
Ontem, o esperado aconteceu: Vitória, que se escapasse do ferimento teria uma vida vegetativa, não resistiu e os aparelhos que a mantinham viva foram desligados. O corpo foi velado em sua humilde residência (foto 2) e na manhã ensolarada deste domingo (16), foi sepultada no Cemitério Público de União dos Palmares, com grande acompanhamento e clima de comoção.