Diário
de Arapiraca - As duas crianças
que desapareceram no dia 8 deste mês e foram encontradas uma semana depois, no
dia 16, fugiram de casa novamente nesse domingo (19). Dessa vez, a irmã mais
velha, Clarisse, de 12 anos, além de convencer o irmão do meio, José Honório,
de 9, levou o mais novo, ainda não identificado, de 3 anos. Elas foram
encontradas na Barra de São Miguel, próximo ao Rio Niquim, Litoral Sul de
Alagoas.
“Quando
me ligaram do Conselho Tutelar da Barra falando que elas tinham fugido
novamente, não acreditei. Ela [a menina] deu outro nome falso ao conselho, e
disse de novo que morava em Arapiraca. Eles já haviam levado as crianças para
Campo Alegre na hora em que me telefonaram”, conta o conselheiro tutelar de
Maceió, Luiz Carlos.
Segundo
Luiz, elas teriam saído de casa, na Vila Brejal, por volta das 11h, e foram em
direção ao Litoral Sul. As crianças chamaram atenção de pessoas que passavam de
carro, que os levaram para o conselho.
Quando
perguntado sobre a motivação delas para fugir, Luiz disse que Clarisse falou
que o pai batia nela com uma mangueira toda vez que bebia. “Ela mente muito.
Quando contou essa história antes, as pessoas do serviço psicológico não
acreditaram, e o Honório sempre a contradizia pelas costas, mas na frente não
fala nada. Como aconteceu de novo, ela vai ser levada para um abrigo, enquanto
Honório e o irmão de 3 anos serão levados de volta para casa”.
“Ela
precisa de um acompanhamento psicológico, porque ninguém foge tanto de casa
nesse pouco tempo, e ainda mais a pé pela estrada litorânea, correndo riscos”,
complementou.
O
caso
As
crianças desapareceram no dia 8 e foram encontradas no dia 16. Elas teriam
saído para comprar gelo. A mãe procurou o Conselho Tutelar, que procurou a TV
Pajuçara para fazer um apelo.
Elas
foram levadas a um abrigo em Arapiraca, após terem sido encontradas em Marechal
Deodoro e afirmarem ao conselho tutelar da região que moravam com uma tia no
município do Agreste. As crianças informaram que teriam fugido da Praia da
Avenida, no centro de Maceió, e foram andando até Marechal porque estavam sendo
obrigadas por uma tia a pedir esmolas.
O
Conselho Tutelar de Maceió entrou em contato com a suposta tia, Adriana Morais
Farias, e descobriu, por meio das certidões de nascimento, que ela é mãe das
crianças.
De
acordo com Adriana, por não ter geladeira em casa, pediu aos filhos que fossem
comprar gelo em uma fábrica na Vila Brejal, onde moram, na quarta-feira (8),
mas eles não retornaram.
Fonte:
Tnh1