Tribuna Hoje //
Os
funcionários da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) lotados na Unidade Básica
de Saúde (UBS) da Pitanguinha, no bairro de mesmo nome, em Maceió, alegam que
vêm recebendo ameaça verbal e de morte por parte de pacientes. Eles cobram mais
segurança da Guarda Municipal e rondas da Polícia Militar no local.
Cerca
de 90 profissionais compõe o quadro da UBS, que contempla um modelo tradicional
e outro de Estratégia Saúde da Família (ESF). Relatos de profissionais revelam
o comportamento violento dos pacientes, inclusive os psiquiátricos,
principalmente quando há falta de medicamentos para estes. Uma das funcionárias
da Unidade disse que já fez vários Boletins de Ocorrência (BOs) acerca do fato
para se resguardar. Em uma das situações, o único guarda existente no
estabelecimento de saúde teve que entrar na sala de consulta para acompanhar o
atendimento devido às ameaças.
“Traficantes
rivais que disputam o tráfico de drogas na região determinam o toque de
recolher e a Unidade de Saúde tem que ser fechada antes das 17h”, disse um
funcionário sem querer se identificar. Outro ponto cobrado pelos profissionais
foi a ausência de guardas municipais no período da tarde. “Só temos um guarda
que fica pela manhã”, frisou.
Eles
querem ainda que o estacionamento da UBS seja restrito apenas para os
funcionários. Já que houve caso em que uma médica foi abordada por um paciente
e ameaçada.
Coagidos
pela insegurança, profissionais da saúde pediram o apoio do Sindicato dos
Enfermeiros (Sineal), Sindicato da Saúde (Sindsaúde) e Conselho dos
Odontólogos, para cobrar providências urgentes. Um documento com a demanda será
encaminhado para a Secretaria de Segurança Pública, Conselho Municipal de Saúde
(CMS) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com as reivindicações das
categorias.