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Em missa de canonização celebrada hoje (4) na Praça São
Pedro, no Vaticano, o papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá. A
cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do
mundo.
A missão de
Madre Teresa, segundo Francisco, permanece nos dias de hoje como um testemunho
eloquente da proximidade de Deus junto aos mais pobres. O papa também se
referiu à religiosa, de origem albanesa, como modelo de santidade para todos os
agentes de misericórdia.
“Madre Teresa,
ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da
misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio do acolhimento e
da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados.”
Referindo-se à
nova santa, fundadora das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta
incansável agente de misericórdia” ajude o mundo a entender que o único
critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer
vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou
religião.
“Levemos no
coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho,
especialmente àqueles que sofrem. Assim, abriremos horizontes de alegria e de
esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e
ternura”, concluiu o papa.
Milagre
brasileiro e prêmio Nobel da Paz
O processo de
canonização de madre Teresa teve início com um milagre envolvendo o brasileiro
Marcílio Haddad Andrino, morador da cidade de Santos (SP). Ele foi diagnosticado
com hidrocefalia e uma infecção rara no cérebro, mas foi curado após sua esposa
rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá.
A religiosa,
cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade albanesa
no sul da antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de
Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Sua
atuação como missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
Madre Teresa de
Calcutá morreu em setembro de 1997 – seis anos antes de ser beatificada pelo
papa João Paulo II. Com informações da Agência Brasil.