Polícia

O deputado João Beltrão vai denunciar hoje, na 17ª Vara Criminal, que o delegado-geral Marcílio Barenco tentou matá-lo por três vezes, uma das quais metralhou um Ranger de cor preta idêntica à sua, mas que pertencia à vereadora Eurides Oliveira, de Murici.

Ontem, Beltrão disse que, mesmo a vereadora tendo prestado depoimento na delegacia de Murici, o inquérito desapareceu misteriosamente, e o então delegado foi afastado de suas funções.

Ainda de acordo com o deputado, em outra oportunidade o delegado Marcílio Barenco foi à delegacia de Robervaldo Davino dizendo que ele queria matá-lo. Segundo Beltrão, Davino foi procurá-lo para contar o que havia acontecido, tendo como testemunha na época o também delegado Antônio Carlos, hoje presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol).

Na denúncia que fará hoje aos juízes da 17ª Vara Criminal, Beltrão também vai dizer sobre outra tentativa de Barenco para intrigá-lo com pessoas de sua amizade. Segundo ele, em Coruripe Barenco procurou um cidadão chamado Jackson e disse que ele [Beltrão] queria matá-lo. Como Jackson não acreditou, o delegado mandou chamar sua mulher de nome Valquíria e disse que tomasse providências, pois ela ficaria viúva em pouco tempo. Dias depois, Jackson foi orientado por Beltrão a procurar o Ministério Público e o juiz de Coruripe, onde prestou depoimento.

De acordo com o deputado João Beltrão, está bastante claro que o delegado Marcílio Barenco estava usando de artifícios para que ele fosse assassinado por uma dessas pessoas, com medo de que pudessem ser vítimas dele próprio.