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17/07/2008 00:00:00

Polícia


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Neste momento, equipes da Polícia Civil de Alagoas se encontram em um depósito de bebidas, localizado no bairro do Clima Bom, onde eram feitas adulterações de bebidas alcoólicas, conforme informações do delegado Mário Jorge. O delegado e diversos agentes se encontram no estabelecimento comercial colhendo provas das adulterações.

Segundo as primeiras informações da Polícia Civil de Alagoas, o proprietário do estabelecimento costumava trocar os rótulos das cervejas para enganar os clientes, procedendo de forma fraudulenta.

Há suspeitas de que o líquido também era adulterado, para fazer com que – nas palavras do delegado – “a cerveja rendesse”. O proprietário do estabelecimento pode ter adulterado também outras bebidas alcoólicas. O caso ainda está sob investigação e – segundo Mário Jorge – em breve serão repassados os detalhes para a imprensa.

Quatro pessoas já se encontram detidas sob a acusação de integrarem o esquema fraudulento. O caso deve ser investigado pelo 11° Distrito Policial, responsável pela região do Clima Bom. O depósito de bebidas fica localizado na principal avenida do bairro.

Segundo os primeiros levantamentos, havia participação de funcionários das revendedoras de cerveja no esquema. Os funcionários entregavam os engradados de diversas marcas. A cerveja era diluída em água, recolocadas nas garrafas com outro rótulo e revendida nos bares da região.

Os funcionários – segundo a Polícia Civil de Alagoas – ganhavam em média R$ 5 por engradado. Foram presos, o dono do estabelecimento Boa Sorte, Givonildo Guedes dos Santos, o motorista Silvano Florenço da Silva e os ajudantes Severino Alves da Silva Neto e Ivanildo Ferreira da Silva, além do funcionário que foi liberado por não ter participação no delito.

Durante a operação foi recolhido um caminhão Ford de placa MVK-9924, o que configurou o flagrante, já que as prisões se deram no momento em que os acusados descarregavam os engradados. Givonildo Guedes dos Santos chegou a confessar o crime, mas disse que não tinha grande lucro com o negócio. Em geral, por conta da fraude cervejas de fabricação regional eram vendidas como se fossem nacionais, ou até mesmo marcas importadas.

Givonildo Guedes – ainda de acordo com a Polícia Civil de Alagoas – repassava a cerveja adulterada para os estabelecimentos da região, sem que os demais proprietários soubessem, mas em seu próprio depósito vendia cerveja regular. A investigação é da Polícia Civil, tendo o comando do delegado Mário Jorge, com a participação do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gecoc) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Além da água, pode ter sido usado outro tipo de líquido para adulterar a cerveja. A ação de hoje, no bairro do Clima Bom, é reflexo da Operação Paracelso, ocorrida na terça-feira, dia 15.

No local, a população revoltada chegou a dizer que tinha dores de cabeça quando comprava a cerveja que era revendida aos demais estabelecimentos por Givonildo Guedes. O acusado ainda afirmou que está participando do esquema há um ano.

com alagoas24horas // luis vilar



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