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17/06/2008 00:00:00

Politíca


Politíca

O Exército irá treinar 600 homens para atuarem em Alagoas nas eleições municipais em outubro próximo. O contingente, que pertence aos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco, estará preparado para ajudar a população e a Justiça Eleitoral a coibir a compra de votos. Foi o que disse o comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado, coronel Anísio David, durante reunião ocorrida ontem no prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) entre as entidades que irão participar da luta contra a corrupção no processo eleitoral.

O anúncio foi feito após o encontro que reuniu o presidente do TRE, desembargador Estácio Gama de Lima; o juiz federal integrante do pleno do Tribunal Regional Eleitoral, André Granja; o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna; o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim; a procuradora regional eleitoral, Niedja Kaspary; integrantes da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas, e representantes do Ministério Público Estadual e das polícias Militar e Civil.

O treinamento dos homens do Exército que deverão atuar no combate à corrupção eleitoral, está previsto para o período entre 9 e 13 de setembro. Três cidades são cogitadas para esse trabalho de preparação. A escolha deve recair sobre Pilar, Atalaia ou Rio Largo. O treinamento será finalizado com uma eleição simulada, na qual, inclusive estão previstos episódios de prisão por compra de voto.

Na reunião, as entidades discutiram o planejamento da atuação separada e coletiva dos órgãos diretamente envolvidos no combate à corrupção eleitoral, além de traçar estratégias na luta contra a violência que historicamente é registrada em alguns municípios em períodos eleitorais.

De acordo com o presidente da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da OAB, Paulo Henrique Brêda, a união das instituições é fundamental à transparência do processo eleitoral em Alagoas. “A maioria das denúncias que a comissão da OAB recebe está sendo acompanhada de forma sigilosa, para não atrapalhar as investigações. Há relatos que vão de utilização de carbonos até cartões magnéticos, artifícios que visam assustar o eleitor para uma suposta e fantasiosa comprovação de que o voto foi realmente depositado na urna em favor do político corrupto”, alertou Breda.

O superintendente da Polícia Federal afirmou que foram disponibilizados três delegados para atuarem na investigação de denúncias de compra de votos e também de cadastro de eleitores. “Precisamos contar com o apoio da população que tem feito denúncias robustas à PF. Temos preparado a equipe com planejamento estratégico contra os políticos que insistem em achar que nesta eleição haverá compra de voto”, frisou José Pinto de Luna.

Uma nova reunião entre as entidades foi agendada para o dia 7 de julho, quando cada uma das instituições deverá apresentar um mapa com as cidades consideradas pontos críticos e que precisarão receber uma maior vigilância no combate à corrupção eleitoral.

Fonte: O JORNAL



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