Polícia

As filhas de um oficial da Marinha denunciaram o próprio pai por abuso sexual. O sargento, Antônio Altino Júnior é acusado de molestar sexualmente as duas há mais de cinco anos dentro da própria casa da família, localizada na Vila Militar. A iniciativa foi da mais velha que está atualmente com 23 anos e teve o seu nome preservado. O caso mostra que o incesto e a pedofilia acontecem em qualquer nível da sociedade.

Elas contaram aos conselheiros tutelares Arnaldo Capela e Aurilene Cavalho, que os abusos aconteciam, principalmente, no período da noite quando o pai ia no quarto e as tocava nos órgãos genitais. Nem quando iam tomar banho as filhas do militar tinham privacidade. Para vê-las sem roupa ele chegou a fazer furos na parede.

Sem oferecer reação, por medo da reação, elas suportavam em silêncio as moléstias, mas tomaram coragem e tornaram pública às agressões. O pedido de ajuda encontrou eco com os profissionais.

Diante das revelações os conselheiros chamaram o oficial para uma conversa e ele negou as denúncias, mas as meninas sustentaram a versão e receberam apoio dos conselheiros. A primeira medida foi a retirada de ambas da casa e o encaminhamento para atenção psicológica no Centro de Apoio a Vítimas de Crime (CAV).

“Elas contaram que durante a noite o pai ia olhá-las no quarto e as tocava nos órgãos genitais”, confirmou Arnaldo Capela.

O comando da Marinha, em Alagoas, já foi comunicado do problema. Mas, não poderá tomar nenhuma providência até que o oficial seja julgado pelo processo civil.

O sargento Altino não está no Estado. Segundo informações de seus superiores ele encontra-se na cidade de Natal, mas está afastado das funções para cuidar de assuntos particulares. Por esta razão não foi localizado para apresentar sua versão sobre o fato.