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05/05/2008 00:00:00

Polícia


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No próximo dia 12, vai completar quatro anos do assassinato do servente Carlos Roberto Rocha Santos (Beto). Ele foi seqüestrado e barbaramente assassinado com 21 tiros. O pai da vítima falou com exclusividade ao jornal Alagoas em Tempo e revelou detalhes que poderão levar os peritos do Instituto de Criminalística (IC), a investigarem e localizarem o corpo da vitima, que desapareceu misteriosamente do interior do IML.
 
”Não tenho mais dúvidas que a ocultação do cadáver de meu filho começou no IML. A trama foi grande e eu percebi no momento em que o responsável pelo cemitério Divina Pastora, para onde - segundo o IML- o corpo de meu filho como indigente teria sido levado, me apresentou um crânio intacto, mas meu filho recebeu cinco tiros na cabeça, então aquilo ali era uma armação”, disse o auxiliar de perícia do Departamento Estadual de Trânsito, Detran, Sebastião Pereira, 68, que abandonou o Programa de Proteção a Testemunha, para ver o crime de seu filho esclarecido.
 
Pelo menos, as prisões do ex-deputado Luiz Pedro, acusado como mandante do crime e dos acusados de autoria material do crime, Naelson Vasconcelos, Walter Paulo, Laelson Pereira, Cícero dos Santos e Leone Lima, o deixam tranqüilo, mas agora o seu objetivo é encontrar o corpo do filho, desaparecido há quatro anos, após dar entrada no IML.
 
“Eu só lamento porque fui traído por uma pessoa que eu considerava amigo. Jogava bola com meu filho e no dia do ocorrido me ligou dizendo que eu não me preocupasse. Meu filho, foi seqüestrado 1h15, da madrugada do dia 12 de maio e encontrado em uma estrada, ás 2h05. O corpo deu entrada naquele instituto ás 2h25 do mesmo dia e ficou na geladeira até o dia 27, quando foi supostamente sepultado como indigente. Agora estou convicto que a ocultação do cadáver de meu filho começou no IML. Por incrível que pareça, eu só tomei conhecimento que o corpo de meu filho deu entrada naquele instituto dois anos e oito meses depois. Isso, porque a Dra.Marluce Falcão recebeu uma ligação dando conta de que meu filho, na verdade, havia dado entrada no IML e que havia sido sepultado como indigente, o que me negaram todos esses anos. Por que eles sempre negaram que o corpo do Beto havia dado entrada naquele instituto, apesar de haverem tirado fotos, que consegui no Instituto de Criminalística?” Indagou Sebastião Pereira.
Cemitério Clandestino
As esperanças de conseguir localizar onde está sepultado o corpo do filho veio em decorrência do secretário de Defesa Social, Paulo Rubin, haver, através de portaria publicada no Diário Oficial, determinado aos peritos Mário Antonio de Oliveira, Nicholas Soares Passos e André Peixoto, do Centro de Perícias Forenses, a desvendar o mistério da ocultação do cadáver do servente Carlos Roberto. Agora já tenho quase a certeza de que os restos mortais de meu filho não se encontram sepultados no Divina Pastora, conforme me afirmaram. Doze covas foram abertas e nada do corpo de meu filho. Um responsável pelo cemitério, que inclusive foi preso e posteriormente liberado, me apresentou na presença do Dr, Santana, diretor do IML, e do legista Gusmão, dois ossos da perna (fêmur) e um crânio, como sendo de meu filho. Foi onde eu vi onde estava a trama. O Fêmur da perna direita estava intacto, mas conforme as fotos do IC, ele tinha uma lesão provocada por balas. “E o mais vergonhoso: o crânio que me apresentaram também estava intacto, mas meu filho levou cinco tiros na cabeça”, esclareceu o pai da vitima. Na verdade, o corpo deve ter sido sepultado em um cemitério clandestino”, suspeita Sebastião.
 
Marcado para morrer
 
 
O pai do servente assassinado no dia 12 de maio de 2004, recebeu a equipe do Alagoas em Tempo, para fazer uma série de denúncias que poderão levar os peritos Mário Antonio de Oliveira, Nicholas Soares Passos e André Peixoto, do Centro de Perícias Forenses, cumprindo determinação do secretário de Defesa Social, Paulo Rubin, a desvendar o mistério do desaparecimento do cadáver do filho. “Sei que estou marcado para morrer, mas não podia estar no Programa de Proteção a Testemunhas, onde por sinal fui bem tratado, para deixar o assassinato covarde de meu filho sem o esclarecimento”, desabafou.
“Agora o meu objetivo, contando com o apoio da nova direção da Secretaria de Defesa Social, é desvendar toda trama que resultou na ocultação do corpo de meu filho, para que todos que participaram dessa trama de ocultação de cadáver, paguem na justiça por esse ato macabro”, disse o auxiliar de perito. 
 

com alemtemporeal // cícero santana

 



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