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07/03/2008 00:00:00

Justiça


Justiça

O ministro Humberto Gomes de Barros, 69 anos, eleito à unanimidade, nesta quinta-feira, 6, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ocupa o cargo a partir de 7 de abril próximo, quando se encerra a administração atual.

Ao ser eleito, o ministro Gomes de Barros agradeceu a todos os seus pares e também aos servidores do Tribunal. “Eu recebo esta eleição como uma declaração de confiança. E eu agradeço e espero não frustrá-la. Peço aos colegas que tenham paciência comigo, pois eu não sou um administrador nato, e sim um advogado de carreira, e me orientem na condução deste Tribunal”, disse o ministro

Gomes de Barros ressaltou também que o Tribunal passa por um momento difícil, com uma quantidade enorme de processos, um volume cada vez maior. “O Tribunal precisa reverter esta anomalia jurídica, com novas leis processuais, para que possa retornar a sua principal missão”, avaliou.

Perfil

Humberto Gomes de Barros faz parte da primeira leva de ministros que integraram o STJ. Ingressou em 1991, por indicação da Ordem dos Advogados do Brasil. Nesses 17 anos de atividade judicante, foi julgador da Terceira Turma, da Segunda Seção e da Corte Especial e exerceu o cargo de diretor da Revista do STJ pelo biênio 2006 a 2008. Ele também foi membro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde exerceu o cargo de corregedor-geral eleitoral.

Conhecido na Casa como um ministro poeta, Gomes de Barros angaria afetos por parte dos ministros e servidores. Em seu gabinete, ele é tido como um magistrado acessível, que norteia o trabalho da equipe com o objetivo de alcançar celeridade.

Crítico feroz dos votos longos, da erudição e do brilhantismo exagerado, Gomes de Barros mantém-se firme na defesa da simplicidade como um dos fatores essenciais para agilizar a justiça. Para ele, é melhor julgar os casos sem brilho, correndo até o risco de ofender a lei, do que acumular processos que poderão nunca ser decididos.

Direito e Poesia – Reconhecido nas áreas jurídica e cultural, Gomes de Barros foi eleito membro das academias de letras de Alagoas e Brasília. É autor dos livros Usina Santa Amália, Glossário Forense, Canção das Alagoas, As Pernas da Cobra e Electro Sânitas.

Ao ser questionado sobre a influência da literatura em seu cotidiano como jurista, ele diz que a poesia é uma oportunidade de extravasamento. “Acredito que Literatura e Direito são dois universos paralelos em que um não interfere no outro. Sempre procurei ser um juiz correto, justo, acessível e decente. No entanto isso não exclui que eu seja um juiz bem humorado, e esse bom-humor eu despejo na literatura”.

fonte stj



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