Política

O ex-governador Manoel Gomes de Barros foi um dos detidos pela Operação Taturana da Polícia Federal deflagrada na última quinta-feira em municípios alagoanos. Mano se diz injustiçado com a invasão de policiais em sua fazenda localizada em União dos Palmares, às 5horas da manhã. Ele ainda questiona o sigilo da operação, indagando como seria sigilosa se às 5 horas da manhã já havia várias equipes da imprensa em sua fazenda, inclusive da Globo Nordeste, que funciona em Recife.

Segundo o ex-governador, o que aconteceu foi um exagero e as armas encontradas em sua propriedade são utilizadas pelos militares que fazem a sua segurança, até porque ele foi o governador que desencadeou um movimento que resultou na prisão de vários policiais envolvidos em crimes e que passaram a serem conhecidos como membros da gangue fardada.

 “Eu tive a coragem cívica de tomar determinadas medidas contra pessoas que, até então, eram intocáveis e por isso venho pagando um preço muito alto. Não tenho nada a ver com a Assembléia Legislativa. Por que tive minha fazenda invadida e com a imprensa, inclusive nacional na minha porta às 5 horas da manhã”, questiona Mano, explicando que ainda hoje tem segurança oficial cedida pelo Estado, por isso as armas na minha casa. “Como vou me defender desses bandidos que contrariei. As armas de uso restrito da polícia estão sob a responsabilidade dos militares que fazem a minha segurança”.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Omar Coelho, foi solidário ao ex-governador Manoel Gomes de Barros e ao mencionar a Gangue Fardada disse que foi muito lastimável a prisão de Mano, “que atuou na legalidade enquanto governador, desmascarando a gangue fardada”. “Os advogados dele me deixaram a par do acontecido e vão dar o encaminhamento necessário para que essa injustiça seja revista, porque todos nós sabemos da necessidade de o ex-governador utilizar seguranças para continuar vivendo”, completou Omar Coelho.